Este encontro ficou agendado depois de uma reunião, em Lisboa, entre o ministro e os representantes dos nove municípios que constituem a CIM, concretamente Bragança, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Vinhais, Vimioso, Miranda do Douro, Mogadouro e Vila Flor.
Na reunião no ministério, cuja data não foi divulgada, a Comunidade Intermunicipal adianta que, “de entre as várias preocupações manifestadas, os autarcas expuseram ao ministro da Saúde a necessidade de encontrar soluções para falta de médicos de família no território, situação que se vai agudizar nos próximos anos, uma vez que muitos dos profissionais se encontram perto da idade da reforma”.
A CIM acrescenta, em comunicado, que em análise esteve também “a deficiente cobertura de meios de socorro imediato e a necessidade de reforço destes meios, principalmente nos concelhos mais distantes da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste e com povoações dispersas e grande área territorial”.
Os autarcas, acrescenta o comunicado, “transmitiram também ao governante a sua posição relativamente ao funcionamento do serviço de obstetrícia e ginecologia da ULSNE, defendendo que esta valência tem de estar permanentemente em funcionamento, não sendo tolerável qualquer interrupção do serviço, pois não existe alternativa no território”.
“Do ministro da Saúde ficou a garantia de analisar e procurar soluções para as situações apresentadas, tendo ficado agendada uma reunião no território na primeira quinzena do mês de fevereiro”, refere.
A justiça é também motivo de preocupação para a CIM, que anunciou ter pedido uma reunião ao secretário de Estado da Justiça para “estudar e encontrar soluções” para os constrangimentos existentes nos tribunais do território abrangido.
O Conselho Intermunicipal da CIM das Terras de Trás-os-Montes esteve reunido com o juiz presidente do Tribunal Judicial Comarca de Bragança para avaliar as condições e necessidades dos tribunais da comarca, nomeadamente as condições físicas dos edifícios que servem os nove concelhos.
“As condições deficitárias dos edifícios que, em muitos dos casos, impedem o normal funcionamento dos serviços continuam a preocupar os presidentes de Câmara. Trata-se de constrangimentos que afetam os funcionários das instituições, mas também as populações que servem”, resume.
Para a Comunidade Intermunicipal, “esta é uma situação que se arrasta no tempo e que urge resolver”, daí ter solicitado uma reunião à tutela.
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