Dentro das inúmeras causas que abraçou e representou, foi o fundador e primeiro presidente da União das IPSS do distrito e responsável pela nacionalização do Hospital de Macedo de Cavaleiros, em 1972.
O provedor, com a voz trémula e cansada, fruto da idade e de uma longa vida de trabalho, sentiu-se “chocado” perante tantas manifestações de carinho. "Sinto-me muito, muito, muito chocado. Não contava com isto. Não trabalhei para homenagem nenhuma. Trabalhei desinteressadamente em favor dos outros, dos pobres e daqueles que precisam".
Agora, é tempo de descansar, depois de meio século à frente de uma instituição, de uma missão e do bem-estar dos outros. "Não me pesa a consciência de ter prejudicado ninguém nem ter feito mal a ninguém. Talvez por isso tivesse merecido esta homenagem. Agora vou descansar. Acho que é tempo de descansar".
Benjamim Rodrigues, presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, define Castanheira Pinto como “uma figura nacional”. "Estamos a falar de uma pessoa que começou a dedicar-se à causa pública, em Macedo de Cavaleiros, ainda antes do 25 de Abril. É uma pessoa que deixou a sua marca no nosso concelho. É uma figura nacional, não é uma figura regional. Por isso mesmo recebeu o Grau de Comendador pelo Senhor Presidente da República".
O autarca enalteceu, ainda, as inúmeras qualidades pessoas e sociais de Castanheira Pinto. "estamos a falar de alguém que se dedicou a várias áreas mas sempre áreas em prol do bem público, da comunidade. Foi provedor 50 anos e só esta marca diz tudo. Persistiu 50 anos na mesma função e sem interesses monetários e com os mesmos princípios".
Alfredo Castanheira Pinto foi homenageado após 50 anos à frente da provedoria da Santa Casa da Misericórdia, no dia em que cessou funções.
Fez ainda nascer um lar na cidade macedense e outro na aldeia do Lombo, reconhecendo a necessidade de apoiar a terceira idade.
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