Os pauliteiros, a gaita-de-foles, a língua mirandesa e a cultura estão em destaque desde ontem e até sábado. Este ano, a ronda pelas adegas foi alargada, levando o festival para a rua.
“Reinventamos adegas no centro histórico, em casas que estavam sem ser utilizadas e estão a ser exploradas por associações. Antigamente era feita apenas uma noite de ronda e o restante festival era feito de concertos dentro de uma tenda, mas este ano decidimos fazer os três dias de ronda das adegas, começando à tarde. Direccionar o festival totalmente para a rua, as pessoas andarem de adega em adega a conhecerem a cultura de Miranda, a música, a língua mirandesa e a gastronomia”, explicou Henrique Granjo, presidente da Associação Recreativa da Juventude Mirandesa, entidade organizadora.
O objectivo da associação é dar dinâmica à cidade, mais concretamente ao centro histórico, atraindo os jovens. Além de animação musical, também haverá espectáculos de rua.
O ponto alto do festival acontece na passagem de ano, quando é celebrada mais uma tradição mirandesa: o enterro do velho.
“O festival termina em grande com uma das maiores tradições que temos aqui na cidade, que é o enterro do velho. No fundo, criam um boneco, que mais tarde vai arder, que representa o ano velho e à meia-noite é feita uma procissão até à fogueira do galo, que é outra tradição que aconteceu no 24 de Dezembro, e o boneco é queimado, representado assim a passagem do ano”, contou.
O Festival Geada foi criado há 14 anos, mas não acontece desde 2019 devido à pandemia. Este ano regressa em força, até porque “não há frio que nos afronte”.
Sem comentários:
Enviar um comentário