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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 17 de dezembro de 2022

Obra do Museu da Língua de Bragança bloqueada nos tribunais

 O Museu da Língua Portuguesa projetado há mais de uma década para Bragança, e único em Portugal, está bloqueado por um litígio judicial desencadeado por uma das empresas concorrentes à execução da obra.

O ponto da situação foi feito hoje pelo presidente da câmara, Hernâni Dias, quando questionado, na Assembleia Municipal, sobre o impasse naquele que é o maior investimento da atualidade previsto para Bragança, mas que tem esbarrado em vários obstáculos.

O autarca reconheceu hoje que o município tem tido “vários problemas com este processo”, o último dos quais resultado do novo concurso que foi necessário lançar para adjudicar novamente a obra, depois de a empresa a quem tinha sido adjudicada, há cerca de dois anos, “não ter conseguido concretizá-la”.

O município lançou novo concurso, mas todas as concorrentes apresentaram valores mais altos do que os previsto, o que obrigou a um terceiro concurso, em junho deste ano, ao qual concorreram “19 empresas”, como esclareceu hoje o autarca, revelando que “a que ficou em segundo contestou, a 07 novembro de 2022”, o resultado.

O presidente da câmara disse que o Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Mirandela “deu razão ao município, há uma semana e meia”, o que permite a adjudicação à empresa que ficou em primeiro lugar.

Porém, como acrescentou, a empresa que desencadeou o processo acabou por interpor recurso da decisão judicial “fora de tempo”, mediante o pagamento da respetiva coima prevista na lei.

O município está a trabalhar com os serviços jurídicos para ver o que é possível fazer e se é possível ganhar tempo neste processo, na certeza expressa pelo autarca de que “tudo isto acarreta prejuízo para o município”.

“Poderemos não ter capacidade de executar os fundos destinados a 2022”, afirmou, indicando que a autarquia está a trabalhar com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) “no sentido de o novo quadro comunitário 2030 poder continuar a financiar [a obra], até ao máximo de 85%”.

“Se assim for, estaríamos minimamente confortáveis, sob o ponto de vista financeiro, não arcando com responsabilidades financeiras acrescidas com este processo”, afirmou.

A construção do Museu da Língua Portuguesa de Bragança foi posta, pela terceira vez a concurso, em julho, com um custo de quase o dobro do inicialmente previsto, passando de nove para 16,4 milhões de euros.

O Museu da Língua Portuguesa de Bragança é um equipamento único em Portugal, sendo este o segundo museu dedicado à Língua Portuguesa, depois do existente no Brasil.

A ideia da criação deste espaço surgiu em 2009, nos colóquios da Lusofonia organizados em Bragança e até ao momento foram executados cerca de 1,7 milhões de euros.

O Museu da Língua Portuguesa de Bragança tem sido um projeto “complexo”, desde a idealização até à aquisição do próprio espaço onde vai ficar instalado, nos antigos silos da EPAC, em Bragança.

O município levou quase dois anos a negociar a compra dos silos à Direção-Geral do Património, concretizando-a com um valor de 613 mil euros.

Seguiram-se estudos e projetos e pelo meio o polémico concurso de ideias, em 2017, contestado por uma das empresas concorrentes, que levou o caso ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, que deu razão ao município.

O projeto contempla a recuperação dos antigos silos de Bragança, um novo corpo acoplado e conteúdo expositivo.

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, garantiu o patrocínio da Presidência ao projeto, numa visita a Bragança, em 2016.

HFI//LIL
Lusa/fim

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