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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 14 de maio de 2023

Passam despercebidos, mas são um elemento chave para a saúde da terra que pisamos

 Um novo estudo científico confirmou que os musgos que cobrem os solos fornecem inúmeros serviços de ecossistema essenciais, incluindo a retenção de carbono, a disponibilização de nutrientes e o controlo de doenças.

Musgos em França. Foto: JL Blanco Pastor

O estudo foi realizado por uma equipa internacional de 50 cientistas e publicado pela revista Nature Geoscience no início de Maio. Os investigadores demonstraram que os solos cobertos de musgos podem armazenar cerca de mais 6.430 milhões de toneladas de carbono do que solos nus, indica uma nota de imprensa do CSIC – Conselho Superior de Investigações Científicas, uma entidade espanhola que participou nestes trabalhos.

Estas pequeninas plantas, confirmou a equipa, fornecem ainda um leque alargado de serviços de ecossistema associados a um ciclo maior de nutrientes no solo, decomposição de matéria orgânica e controlo de patógenos vegetais, que provocam doenças na restante vegetação.

Musgos em França. Foto: JL Blanco Pastor

Para a realização deste estudo, dezenas de investigadores recolheram amostras em 123 ecossistemas de vários locais do planeta. Analisaram solos de zonas de clima tropical, árido e polar, e também com vegetações distintas – incluido bosques, tundras e pradarias – e ainda com diferentes usos, tanto urbano como natural. Isto porque os musgos estão presentes em muitos sítios da Terra, “desde os desertos aos bosques boreais, passando pelas regiões árticas e antárticas”, explica o CSIC. Estas plantas que pertencem ao grupo das briófitas, tal como seu papel na biodiversidade, são assuntos ainda pouco estudados pela ciência, sublinham.

A equipa responsável por esta investigação estima que os musgos cobrem mais de 9,4 milhões de quilómetros quadrados nos locais que foram estudados, uma área que equivale ao tamanho do Canadá ou da China. E em todos esses solos têm importantes funções, que provavelmente estarão associadas à sua influência no microclima das superfícies onde vivem, uma vez que provocam alterações na temperatura e na humidade, aponta o CSIC.

Os benefícios dos musgos estendem-se a zonas onde quase não existem plantas vasculares – um grupo distinto das briófitas e bem mais conhecido – como sucede na Antártida. Aí, junto ao Pólo Sul, os solos têm uma grande cobertura de musgos, o que faz com que estes contribuam muito para os ecossistemas. “Na tunda antártica os musgos são pioneiros e dominam a vegetação de grandes extensões de terreno”, indica Asunción de los Ríos, investigadora do Museo Nacional de Ciencias Naturales, de Madrid, e co-autora do artigo.

Musgos na Antártida. Foto: Asuncion Rios

“Os musgos contribuem de maneira mais significativa nos ecossistemas menos produtivos e em solos arenosos, já que têm um papel fundamental, retendo a sua fertilidade”, acrescenta Tadeo Sáez, membro do Laboratorio de Biodiversidad y Funcionamiento Ecosistémico (BioFunLab) e outro dos co-autores, também citado pela nota de impresa.

O estudo conclui ainda que “uma redução de 15% na cobertura de musgo, como resultado das alterações climáticas ou de alterações directas do solo por acção dos humanos, equivaleria a uma perda de carbono similar à quantidade emitida anualmente para a atmosfera por outras alterações no uso do solo”, conclui Delgado Baquerizo, responsável do BioFunLab, que está ligado ao CSIC.

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