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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 8 de julho de 2023

Centenário da morte de Guerra Junqueiro visa aproximar novos públicos à obra do poeta

 A Câmara do Porto assinalou hoje o arranque das comemorações do centenário da morte de Guerra Junqueiro que se prolongam por um ano e visam aproximar "novos públicos" da obra do poeta.


A sessão evocativa do centenário da morte de Guerra Junqueiro, que morreu na madrugada de 07 de julho de 1923, assinalou hoje o arranque das comemorações, que se prolongam por um ano e passam por quatro cidades onde o poeta viveu e desenvolveu os seus trabalhos: Freixo de Espada à Cinta (Bragança), Porto, Lisboa e Viana do Castelo.

No Porto, o arranque das comemorações ficou marcado pelo lançamento de uma "edição inédita" que recupera as colaborações entre Guerra Junqueiro e os artistas António Carneiro e Teixeira Lopes, publicada n'O Comércio do Porto Ilustrado e no Diário de Notícias Ilustrado.

"Imagens da Palavra" conta com 27 poemas harmonizados com 18 ilustrações de António Carneiro e seis da autoria de Teixeira Lopes, entre ilustrações de poemas e separadores de edição.

A obra, salientou o diretor do Museu e Bibliotecas do Porto, Jorge Sobrado, é a "primeira manobra de uma operação mais vasta de avivamento" do poeta e também o "resgate de um património muito pouco conhecido".

Jorge Sobrado destacou ainda que as comemorações do centenário são "uma forma de devolver a voz" do poeta, visando, sobretudo, aproximar novos públicos da sua obra e promover a compreensão sobre a figura histórica e o seu tempo.

Depois de alguns momentos musicais, a sessão contou com um momento de conversa sobre a obra do poeta entre a diretora regional de Cultura do Norte, Laura Castro, o crítico de arte e ensaísta Bernardo Pinto de Almeida e o professor Henrique Manuel Pereira, que coordenou a investigação da obra.

Até julho do próximo ano, a cidade do Porto vai realizar várias iniciativas para "valorizar o legado cultural, artístico e cívico do poeta", entre as quais uma exposição de longa duração que será inaugurada, em setembro, no Museu Guerra Junqueiro.

O programa contempla ainda um ciclo de conversas, intitulado "Guerra Junqueiro, Moderno e Ímpio", uma série de programas educativos, publicações, leituras e a criação da Biblioteca de Guerra Junqueiro, no âmbito do projeto Biblioteca Errante.

Numa mensagem vídeo, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou Guerra Junqueiro como um "poeta genuíno e cidadão empenhado".

Também o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, destacou o simbolismo de Guerra Junqueiro para a cidade e os ideais que preconizou como a "liberdade, igualdade, justiça social ou solidariedade".

"Guerra Junqueiro é um referência intelectual, cívica e cultural da nossa cidade (...) No que depender do município do Porto, o património literário, intelectual e político de Guerra Junqueiro não cairá no esquecimento", acrescentou.

Guerra Junqueiro, que nasceu a 15 de setembro de 1850 em Freixo de Espada à Cinta, foi poeta, político, deputado, diplomata, jornalista, escritor, filósofo, colecionador e agricultor.

O poeta, considerado por muitos contemporâneos como o “Victor Hugo português", pertenceu ao meio literário intelectual do final do século XIX junto de nomes como Antero de Quental, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós e Oliveira Martins, os chamados "Vencidos da Vida", como chegaram a designar-se, pela perda de aspirações no contacto com a realidade da época.

Durante um ano, Guerra Junqueiro, que está sepultado no Panteão Nacional, em Lisboa, será recordado com diversas iniciativas, nomeadamente exposições, palestras, reedições, novas publicações, concertos e atividades educativas.

As iniciativas têm início hoje com homenagens solenes no Porto, Lisboa e Freixo de Espada à Cinta, que envolvem um concerto, a atribuição de um prémio literário com o seu nome, o lançamento de uma publicação inédita e a inauguração de uma exposição.

No Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, é inaugurada a mostra "A Coleção de Guerra Junqueiro", que reúne "uma parte significativa da coleção do poeta", composta sobretudo por pintura e escultura dos séculos XIV ao XVI, atualmente integrada no acervo do museu. A sessão de hoje conta com uma evocação do escritor, pelo professor Guilherme d'Oliveira Martins.

A exposição fica aberta ao público no MNAA a partir de sábado, 08 de julho, até 01 de outubro.

A 15 de setembro, dia em que se celebra o nascimento de Guerra Junqeiro, Lisboa e Porto vão assinalar a data com concertos, inauguração de exposições e ciclos de conversas.

Dentro de um ano, a 06 de julho de 2024, as quatro localidades encerram as atividades através do lançamento de publicações e de novos prémios, assim como de uma nova biografia sobre Guerra Junqueiro.

SPC (SVF) // MAG
Lusa/Fim

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