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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Família de doente que morreu quando esperava socorro pede que “se assumam responsabilidades e peçam desculpa”

 Está triste e revoltada, a família do homem de 86 anos que morreu na tarde da passada quinta-feira, em Bragança, depois de a mulher estar sem sucesso cerca de uma hora a tentar ligar para o 112-Número Europeu de Emergência.


Os filhos pedem que “se assumam responsabilidades e que peçam desculpa”, afirmou Vítor Ferreira, filho da vítima mortal, inconformado pela demora no socorro ao pai, quando a casa da família se localiza na mesma avenida do Hospital de Bragança, onde está sediada a VMER, a poucos mais de dois minutos. “Quando finalmente os meios de socorro chegaram a nossa casa, o meu pai já estava morto”, contou Vítor Ferreira, residente em Coimbra e que acompanhou a aflição da mãe à distância. “Alguém com responsabilidade que assuma e que peça desculpa. Se a negligencia se confirma é preciso que se tomem medidas para que não se repitam estes casos”, afirmou o filho. “Mais vale não ligar para o INEM e o melhor é pegar no carro, coisa que a minha mãe não podia fazer, pois estava sozinha, não tem carta de condução e tem problemas de mobilidade”, acrescentou.

Na passada quinta-feira os pais de Vítor encontravam-se em casa, onde viviam sozinhos. O pai sentiu-se mal e a mulher, com 84 anos, tentou pedir socorro pelo 112. “O que a minha mãe conta é que ligou para o 112, o CODU passou a chamada, mas apenas respondia uma gravação em inglês e espanhol. Não conseguia falar com ninguém. Cerca das 16h50 ligou-me a contar o que se passava. Depois eu também liguei para o 112, eram umas 16h58mas ninguém atendeu. Estive 10 minutos à espera e ninguém atendia. Em desespero telefonei para os Bombeiros de Bragança, deviam ser 17h07, a ver se podiam mandar alguém em último recurso. Eu pedi que mandassem alguém, nem que fosse num carro. Pediram-me a morada e disseram-me que às 17h07 tinha sido enviada uma ambulância”, referiu Vítor Ferreira.

A vítima tinha problemas de saúde, nomeadamente uma fibrose pulmonar e problemas do foro cardíaco. “Não sabemos se a intervenção rápida o podia ter salvado ou não. Ninguém sabe”, explica o filho.

A sua irmã, Maria da Glória, que reside Alemanha, viajou para Bragança na noite de sábado. “A nossa casa está a uns minutos do hospital e os bombeiros também não estão longe. Como pode ter acontecido uma demora destas”, indicou Maria da Glória.

Os filhos da vítima mortal esperam “que situações destas não se repitam”.

Glória Lopes

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