Adivinhar o futuro, revelar situações ocultas e distantes, entrar em transe, não ter controlo e domínio do próprio corpo, falta de sono, desmaios constantes, ter aversão a tudo o que é sagrado ou não conseguir entrar numa igreja, falar numa língua desconhecida ou entender quem assim fala, manifestar forças acima das suas capacidades. São estes alguns dos sintomas que, à falta de explicação médica, levam cada vez mais portugueses a procurarem a ajuda de um exorcista por suspeitarem estar sob influência do demónio.
Em Portugal apenas Lamego, Santarém, Bragança, Évora, Viana do Castelo e Viseu têm um sacerdote, nomeado pelo bispo, capaz de exercer tal função.
Para o padre Duarte Sousa Lara, um dos poucos sacerdotes nacionais capazes de exorcizar, este aumento de pedidos de ajuda sagrada devem-se a uma redução drástica da prática religiosa e a uma procura maior de superstições, bruxarias e ciências ocultas, escreve o Diário de Notícias.
O sacerdote, que ocupa dois dias da semana a esta prática, revela que existem pessoas que procuram o exorcismo e não são religiosas ou possuem qualquer tipo de fé, mas que existem também fiéis que, apesar de irem à missa e de serem devotos, praticam bruxarias e têm superstições.
Segundo o Diário de Notícias, Duarte Sousa Lara, diz só atender perto de vinte em cada cem pedidos de ajuda recebidos, mas que apenas cinco acabam por receber o tratamento exorcista.
A grande maioria dos que dizem sofrer de distúrbios diabólicos são aconselhados a retomar a sua vida cristã ou a consultarem um especialista na área médica, seja um psicólogo ou um psiquiatra.
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