“O fim da linha” mostra as dificuldades vividas por refugiados num campo de refugiados, em Calais, no norte de França. Ficavam ali porque tinham a esperança de conseguir chegar ao paraíso, a Inglaterra. Nuno Pinto Fernandes não quis perder a oportunidade de assistir ao desmantelamento do campo, em 2016. Uma experiência que o marcou profissionalmente.
“Não há palavras para descrever. Eram pessoas a tentar passar para Inglaterra, pessoas super amigáveis, super sensíveis que passaram uma viagem aterrorizante, depois de virem de países em guerra. Crianças que com 16 anos fizeram a viagem sozinhas. Este é um dos pontos que mais me marcou”.
Era fotojornalista há 8 anos quando tomou a decisão de ir para Calais. Sozinho rumou à aventura, com espirito de paixão àquilo que faz. Confessou ter tido algum receio inicialmente, mas ser português contribuiu para que fosse muito acarinhado.
Esteve 21 dias no campo de refugiados, mas a exposição tem apenas 20 fotografias. Nuno Pinto Fernandes considera que “o fim da linha”, a vigésima primeira foto, será quando conseguir regressar a Calais e perceber qual foi o futuro daqueles refugiados.
Uma das fotografias ganhou o primeiro prémio do concurso de Fotografia “Objectiva Europa”. A exposição “O fim da linha” do fotojornalista Nuno Pinto Fernandes está patente no Centro de Interpretação do Território, em Sambade, desde sábado até 18 de Outubro.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais
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