quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Associações comerciais temem pelo futuro da economia local

 Perante o regresso a um cenário semelhante ao que se viveu a partir de Março do ano passado, os comerciantes e empresários locais voltaram a ter que fechar portas.
Maria João Rodrigues, presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Bragança, entidade que tem mais de 460 associados, assume que, quando o confinamento acabar, alguns espaços podem não conseguir voltar a abrir, mas considera que encerrar de vez não é a melhor opção. "Na altura as empresas ainda tinham uma certa liquidez. Agora a preocupação é redobrada porque, ao longo destes meses, não conseguiram repor os valores que tinham. Os empresários que tenham esperança. Este confinamento é obrigatório e é para o bem da nossa saúde. As empresas que estejam em dificuldades que procurem os seus contabilistas, que são as pessoas mais indicadas para os ajudar, porque fechar não é a melhor solução".

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Macedo de Cavaleiros, não está, de todo, satisfeito com as medidas, que considera demasiado restritivas. Paulo Moreira lamenta que o comércio e os serviços voltem a encerrar, uma vez que as pessoas já tinham recuperado alguma confiança. "Este critério de fecho devia contemplar que os estabelecimentos não pagassem rendas. A economia fez um grande esforço para que as pessoas voltassem a entrar nos comércios sem medo e agora voltamos atrás e acabamos por prejudicar, com grande gravidade, o comércio. Podíamos ter tido um cenário mais controlado no Natal e no fim de ano e agora quem vai sofrer são os espaços que têm que fechar".

A presidente da Associação Industrial e Comercial de Alfândega da Fé, também teme pelo futuro da economia local. Olívia Bebiano lamenta que o Governo queira “tapar o sol com a peneira” com algumas permissões que não chegam para manter os estabelecimentos a salvo. "Sem dúvida que isto vai ser extremamente prejudicial. Pegando no exemplo da restauração, quando dizem que pode funcionar em take away é estar a tapar o sol com a peneira. Está a dizer-se ao comerciante que pode trabalhar mas na verdade não lhe dão os instrumentos todos para laborar como o fazia habitualmente".

Os representantes das associações comerciais e industriais temem que a economia local seja fortemente prejudicada com estes encerramentos e que vários estabelecimentos não consigam voltar a abrir quando o confinamento terminar.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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