Com 37 anos, é professor na Escola de Medicina da Universidade do Minho, onde se formou e é também investigador, dedicando-se à análise de doenças como a perturbação obsessivo-compulsiva. Médico especialista do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Braga, foi galardoado com o FLAD (Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento) Science Award Mental Health, que atribui 300 mil euros a jovens investigadores em Portugal.
O projecto do brigantino prevê melhorar o diagnóstico e tratamento da doença obsessivo-compulsiva, assim como encontrar novas soluções.
“Desenvolver novas formas de diagnosticar, de predizer o prognóstico e o tratamento da doença obsessivo-compulsiva e também testar um fármaco que já está disponível para tratar as pessoas com Parkinson, mas testá-lo nesta doença, em pessoas mais resistentes aos tratamentos que já existem”, explicou.
A doença obsessivo-compulsiva afecta 4% dos portugueses e caracteriza-se pela presença de dois sintomas principais: as obsessões e as compulsões.
A doença surge, normalmente, em idades mais jovens. O mais comum é aparecer no final da adolescência e no início da idade adulta e, portanto, acompanha, muitas vezes, todo o ciclo de vida.
“Daí a Organização Mundial de Saúde considerar que é uma das doenças mais incapacitantes e que gera mais anos de vida saudável mas perdidos. As pessoas vão vivendo com estas pessoas muitos anos e daí a importância de podermos tratar cada vez mais cedo e melhor”, referiu.
Esta doença aumenta o risco de sofrer de depressão e de outras perturbações de ansiedade.
A entrevista a Pedro Morgado para ouvir na Rádio Brigantia, após o noticiário das cinco da tarde.
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