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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 2 de julho de 2013

O mestre da música e as bruxas

Local: Pombal, CARRAZEDA DE ANSIÃES, BRAGANÇA

Um senhor do Castanheiro vinha ensinar música aqui a uns rapazes ao Pombal durante o serão. Depois, montava no cavalo e ia embora, ia por aquela calçada que há ali e que vai ter ao rio, chamam-lhe a calçada romana. 
E numa ocasião, diz que umas poucas de galinhas começaram a dançar, a saltar e a esvoaçar na frente do cavalo para lho fazerem espantar. E foram assim até à ponte de Paradela, sempre a dançar. Ele bem viu logo que não eram galinhas normais, de capoeiro... Até que às tantas desceu do cavalo e, com o cavalo, começou a enxotá-las e a querer atropelá-las. E uma caiu da ponte abaixo. 
Então no dia seguinte, dizem, apareceu uma mulher toda ferida aqui no povo. Diz que morava ali naquela casinha. Diziam-lhe: 
— Ó senhora Zulmira, o que é que tem? 
E ela então diz que dizia que caíra no portão quando ia tratar das pitas. E que assim se magoou. Mas as pessoas bem sabiam que não. Toda a gente dizia que ela era mesmo bruxa. 
Contava-se que, quando estão para morrer, para passarem o fado às outras, basta apertar-lhe a mão. E então a minha avó, diz que a foi lá ver e que ela dizia assim: 
— Ai senhora Amélia, tenho tanta febre! Ora veja a minha mão! 
E a minha avó dizia: 
— Ai pois tem, tem! Mas recolha a mão pois pode-se constipar! 
E não lhe pegava na mão.

Fonte:PARAFITA, Alexandre Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2 Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010 , p.205

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