O Tribunal de Bragança condenou os dois homens de 43 e 45 anos a prisão efetiva, um a dois anos e 10 meses e o outro a dois anos e meio e a devolverem à cadeia de Izeda solidariamente cerca de 3.500 euros.
Os factos remontam a 2014, quando os dois antigos reclusos terão conseguido a senha de acesso ao sistema informático para compras no bar e cantina e arrecadado “grandes quantidades de produtos” com carregamentos não autorizados em cartões de vários reclusos, sem o conhecimento dos mesmos.
Os dois arguidos foram condenados pelo crime de burla informática por atos praticados no período entre 20 de junho e 28 de agosto de 2014.
A alegada burla foi descoberta pelo responsável do sistema de acesso ao bar e à cantina, que se terá deparado com quantidades de produtos em falta fora do normal.
Os acusados, que entretanto saíram em liberdade depois de cumprida a pena, trabalharam no bar da cadeia de Izeda e, segundo a acusação, terão conseguido a senha de acesso ao sistema, na véspera das férias do responsável.
A palavra-passe estaria escrita num papel e escondida numa secretária para o caso de a funcionária que estava em regime de substituição necessitar dela.
Na posse da palavra-passe, os dois reclusos terão efetuado entre 20 de junho e 28 de agosto, vários carregamentos não autorizados em 13 cartões de outros reclusos que não usavam regularmente o serviço, segundo a acusação.
De acordo ainda com o Ministério Público, os titulares dos cartões não se terão apercebido dos movimentos, que foram descobertos pelo responsável do serviço quando regressou de férias e se apercebeu de "incongruências nos 'stocks'".
A palavra-passe foi entretanto alterada e os prejuízos avaliados em quase 3.500 euros, valor que terá de ser devolvido ao Estado reclama com juros.
Foto: António Pereira
Sem comentários:
Enviar um comentário