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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

A PRINCESINHA E O PRÍNCIPE DE PINDORAMA

Por: Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS
São Paulo (Brasil)
(colaborador do Memórias...e outras coisas) 

A época em que tudo ocorreu não se sabe ao certo. O reino, era o das infindáveis ”Terras de Santa Cruz”. Lá, vivia uma rainha muito boa. O maior sonho da rainha era dar à luz uma filha e cuidar e educar a princesa com muito carinho. No entanto seu marido, o rei, gostava muito de festas e jogos de bravura, mas concordava com a rainha pelo fato de não terem herdeiros.

Ocorre que a Providência quis dar uma alegria à rainha e a abençoou com a maternidade. A rainha acabou por dar à luz uma linda menina. Como parte de seu plano, a rainha a educou dentro das boas regras, ensinou-lhe modos, etiqueta, valores morais da vida, obediência e  companheirismo. Ensinou-lhe também línguas estrangeiras, para que a princesinha se sentisse à vontade quando tivesse contato com os seus iguais de mais ao norte ou mais ao sul, e até em terras longínquas. Tinha já quinze anos quando o rei deu uma festa, onde havia jogos de força e coragem. O rei queria que a princesinha conhecesse os catorze príncipes que vinham participar dos jogos. E assim foi: de mais a oeste, veio o príncipe de Pindorama; de noroeste, veio o príncipe de Novo México, mai ao norte, o príncipe da Colúmbia Britânica, mais ao sul, o príncipe de La Plata, das terras longínquas, viriam os príncipes de Madagascar, da Romênia, de Islamabad, de Shandong, de Hokkaido, da Mongólia, de Nápoles, de Valpaços e Sanfins, da Mongólia e de Liechtenstein. todos eles, devidamente treinados nessa arte de jogos.

No dia determinado começou o torneio: formaram-se sete pares de príncipes, pois eram catorze príncipes que se enfrentariam, tentando derrubar o oponente do cavalo com o auxílio de uma maça de guerra sem, no entanto, ferir o oponente. O torneio levou toda a manhã; depois de um descanso para comer, voltaram os finalistas. A princesa ficou observando os dois cavaleiros que mais a encantaram: o príncipe de Pindorama e o príncipe da Romênia. Ela foi até a pista e entregou um véu, partido ao meio, aos dois concorrentes. Era o que o rei queria; os dois príncipes agora lutavam também pela mão da princesa! Mas, no primeiro embate, o príncipe de Pindorama caiu do cavalo e quebrou o braço esquerdo (que usa para dirigir o cavalo). O príncipe da Romênia esperava que o concorrente desistisse, mas o príncipe de Pindorama confirmou que mesmo com  um braço quebrado, ele iria lutar pela mão da princesinha. Quando o príncipe da Romênia já se preparava para dar a estocada final, o príncipe de Pindorama, tomou-lhe a maça de guerra com o braço direito, e guiando o cavalo só com os joelhos, conseguiu derrubar por terra o oponente, e assim venceu o príncipe da Romênia!

Nos dias seguintes, as festas continuaram, com as presenças dos reis de Pindorama, onde se festejou o casamento da princesinha com o príncipe de Pindorama.

- E viveram felizes para sempre!

Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS. É natural de Cravinhos-SP. É Físico, poeta e contista. Tem textos publicados em 8 livros, sendo 4 “solos e entre eles, o Pequeno Dicionário de Caipirês e o livro infantil “A Sementinha” além de quatro outros publicados em antologias junto a outros escritores.

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