É esta a conclusão da investigação ao acidente do ultraleve do Aeroclube de Bragança que há dois anos vitimou mortalmente ambos os ocupantes, o piloto de 60 anos e o ocupante de 26.
Segundo o relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários, divulgado hoje, a falha da asa direita, que acabou por se partir e separar do ultraleve em pleno voo, foi desencadeada “pela provável operação da aeronave fora do envelope de voo”.
No documento é descrito que na última fase do voo são realizadas duas manobras acrobáticas em que “provavelmente são excedidos os limites de variação de velocidade” o que terá tido “implicações na deformação estrutural da aeronave”.
Na investigação ao acidente foi constado que “a aeronave foi operada excedendo os limites de carga aerodinâmica por terem sido ultrapassados os limites máximos de velocidade induzindo sobrecargas estruturais”. É ainda referido que “o projecto e fabrico da aeronave não cumpriam com as especificações técnicas e padrões aplicáveis” e que “a aeronave descolou com uma massa superior à massa máxima autorizada”.
No relatório é também levantada a possibilidade de o ocupante, um piloto de 26 anos, ter influenciado a condução do voo, sendo destacada “a falta de experiência” e de “conhecimento do modelo da aeronave”, apesar de ter licença de piloto comercial.
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