No que se refere ao distrito de Bragança, o Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) e a Zona de Proteção Especial (ZPE) Rios Sabor e Maçãs são os principais santuários para a espécie. É precisamente nessas áreas que a Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural gere vários campos de alimentação para aves necrófagas (CAAN), quer no âmbito de ações do Grupo Nordeste, quer enquadradas no projeto LIFE Rupis.
A águia-real é uma espécie parcialmente necrófaga e a sua presença nos CAAN geridos pela Palombar é frequente, havendo inúmeros registos desta rapina a alimentar-se nessas estruturas. Esta ave tem como presas de eleição o coelho-bravo e a lebre, contudo, em zonas onde a densidade destas espécies é mais reduzida, poderá praticar com maior frequência a necrofagia, sendo os CAAN fundamentais para aumentar a disponibilidade de alimento para esta.
Dados do projeto LIFE Rupis para o PNDI, assim como de um estudo realizado pela Palombar na Zona de Caça Associativa (ZCA) de Santulhão, em plena ZPE Rios Sabor e Maçãs, indicam que a densidade de coelho-bravo nessas áreas é reduzida ou tem vindo a diminuir, o que torna os CAAN numa ferramenta importante para a conservação da águia-real, sobretudo durante a sua época de reprodução, quando os requisitos nutricionais são mais elevados para os progenitores e crias, e também para os juvenis da espécie.
Saiba mais sobre a águia-real AQUI.
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