A arte e a cultura estão mais pobres. O céu ganhou uma estrela. O Mestre Delmiro Gonçalves partiu, deixando um grande contributo para o artesanato e para a cultura local, regional e nacional.
Mestre Delmiro Gonçalves, sempre nos recebeu com um sorriso contagiante e palavras amistosas. Falava e explicava a sua arte com uma enorme paixão e, mesmo com o avançar da idade, tinha um frenesim no corpo e nas mãos para continuar a sua arte e não a deixar morrer ou cair em esquecimento. Infelizmente não conseguiu deixar seguidores do seu trabalho, mas deixou a sua marca e ficará imortalizado pela sua obra.
Delmiro artesão único na arte de moldar e trabalhar o cobre, um dos melhores caldeireiros de Trás-os-Montes e de Portugal, tendo recebido vários prémios de artesanato. Arte que abraçou aos 10 anos com os ensinamentos do avô e depois do pai.
As suas mãos agilmente trabalharam e moldaram as folhas de cobre com perfeição, transformando-as em valiosos objetos. Entre eles, as mais famosas e conhecidas são as "alquitarras" - uma espécie de alambique, destinado a destilar aguardente. Para além das “alquitarras”, as suas mãos transformaram folhas de cobre em caldeirões, braseiras, tachos, candeeiros e objetos decorativos.
Condolências à sua família, que descanse em paz. Até um dia querido Mestre.
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