Foi aprovada a candidatura apresentada pela Direção Regional de Cultura do Norte, ao Aviso Património Cultural-Infraestrutural do Programa Operacional Norte 2020, para remodelação do Museu da Terra de Miranda.
Com um investimento total de 819.590,00 €, o Museu da Terra de Miranda prepara-se assim para encarar os desafios do futuro com estímulo redobrado. De acordo com Celina Pinto, Diretora do Museu da Terra de Miranda, esta intervenção e ampliação, vem marcar uma nova etapa da história do Museu, considerando o desafio de mudança que agora se coloca.
Vem proporcionar “condições dignas ao funcionamento desta instituição, que se quer capaz de cumprir a sua missão museológica de conservação, salvaguarda, interpretação e comunicação do património cultural, assim como, o reforço de constituição de equipas, de parecerias e redes de trabalho, objetivando o desenvolvimento de um trabalho estrutural”, diz Celina Pinto.
A responsável pela estrutura museológica das Terras de Miranda acrescenta ainda que este investimento vai permitir “a criação de novos conteúdos museográficos, permitindo a aproximação a uma nova museologia, mais contemporânea, mais sensitiva e mais interativa, sentida e partilhada num espaço de referência que ultrapassa a dimensão local”, considerando que este museu é detentor de um “potencial antropológico/etnográfico incondicionalmente único no contexto nacional”. “Acreditamos que esta intervenção poderá contribuir para o reforço da coesão territorial e para o incremento do turismo e do desenvolvimento da região”, sublinha Celina Pinto.
Com este projeto pretende-se reforçar a importância da dimensão geográfica, do sentido de territorialidade que está subjacente à leitura do próprio território, da sua paisagem e da sua história, da sua língua, dos seus modos de viver e da sua cultura.
Perto de completar quatro décadas de existência, o Museu da Terra de Miranda é um espaço cultural de referência na região onde se insere. Sendo uma cidade localizada em território de baixa densidade demográfica, Miranda do Douro reúne condições ímpares para a atratividade turística.
O Museu da Terra de Miranda terá, ao longo dos próximos dois anos, uma significativa intervenção no seu edifício, bem como no seu discurso expositivo, pretendendo-se criar uma museografia mais contemporânea, mais interativa, mais atrativa. Será a partir desta reformulação do seu discurso, embora não perdendo de vista o seu objetivo de difusão da cultura antropológica local, que o Museu da Terra de Miranda se pretende afirmar como uma âncora de atratividade de e para o território.
Fortemente enraizado no tecido urbano de Miranda do Douro, o conjunto de dois edifícios que atualmente serve de abrigo à área expositiva e administrativa do museu tem, ao longo da última década, demonstrado debilidades recorrentes da falta de investimento na sua preservação, não dignificando o seu contributo patrimonial.
Aliada a essa realidade, e cientes das atuais limitações do espaço, foram recentemente adquiridos, em parceria com a Câmara Municipal de Miranda do Douro, mais dois imóveis, com o intuito de garantir a área necessária para a redefinição do seu programa expositivo, cumprimento dos requisitos regulamentares vigentes, e promoção de novas valências em articulação com as atuais exigências museológicas.
Remodelação Interior e Ampliação do Imóvel
A intervenção terá por objeto a remodelação e valorização das áreas de acolhimento e apoio a visitantes, e a ampliação para áreas de apoio (serviços) e áreas de musealização (circuito expositivo) com integração no conjunto do museu de imóveis adjacentes às atuais instalações: um a Sul, designado corpo anterior, e outro a Norte, designado corpo anterior. Tendo em conta a área das instalações atuais – com 448 metros quadrados – e a área do imóvel adjacente – com 100 metros quadrados -, o espaço dedicado ao acolhimento e apoio a visitantes – corpo sul das instalações atuais, e o corpo único do imóvel adjacente (a remodelar e valorizar) – corresponde a cerca de 45% das áreas atualmente disponíveis do Museu.
O projeto prevê a interligação dos quatro edifícios atribuindo-lhes um sentido programático e funcional com u corpo anterior onde se acomodarão os serviços administrativos, instalações sanitárias gerais e de mobilidade reduzida, área de reservas e espaços técnicos de controle de infraestruturas. Um corpo central desenhado para receção, ao nível do piso térreo, e exposições temporárias no piso superior e o corpo principal e corpo lateral espacialmente estruturados para receção do conteúdo expositivo permanentes.
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