“A todos eles e a todas elas devemos um agradecimento pelos sacrifícios passados à distância longe das famílias, pela saudade, pela não vinda, pelo apoio que sempre deram a quem estava longe, familiares e amigos, ao compatriotas residentes em Portugal, demonstrando uma mais vez, enquanto comunidade, o que nos torna, por todo o mundo, portugueses de valor”, afirmou.
O presidente da República saudou “todos os órgãos de comunicação social da diáspora pelo trabalho de proximidade que diariamente promovem” e, em particular, a Lusopress por “uma década a eleger portugueses de valor” que considerou que “já é mais do que uma iniciativa, é uma tradição”.
A gala desta noite foi organizada em conjunto com a Câmara de Bragança, decorreu com um ano de atraso, devido aos constrangimentos da pandemia covid-19, e corresponde à 10º edição desta iniciativa que soma 100 portugueses distinguidos entre mil nomeados pelos percursos pessoais e profissionais, em Portugal e no mundo, como indicou à Lusa José Gomes de Sá, diretor da Lusopress.
Os dez vencedores “Portugueses de Valor 2021” são Artur Brás, de Vieira do Minho, que criou, em França, um grupo de empresas ligadas ao setor da construção e promoção imobiliária e também o hotel Hyatt Regency Chantilly.
Outro distinguido é Fernando Martins, natural de Aguiar da Beira que, também em França, singrou no setor dos vinhos, gere atualmente um conjunto de casas rurais destinadas a turismo e criou a Design Meubles, uma loja de móveis.
João Medeiros aterrou, aos dez anos, no continente americano, e tornou-se num “português de valor” na área da ourivesaria com fábrica e marca própria.
“Visto como um herói” na aldeia de Alfaião, no concelho de Bragança, onde nasceu, José Fernandes, comandante dos bombeiros de Bragança e militar de carreira é outro dos distinguidos.
Nascido na aldeia de Boalhosa, em Ponte de Lima, Manuel Alves foi também distinguido pelo percurso em França com uma empresa de renovação e reabilitação de edifícios.
Com duas licenciaturas, outros do homenageados, Rui Gomes Pedro, começou a trabalhar na fábrica do pai aos 13 anos, passando da confeção de vestuário em pele, em Leiria, para 14 anos como gestor da Nestlé com carreira internacional.
Da aldeia do Zoio, em Bragança, para França, onde fez um pouco de tudo, Nair Pinto conseguiu há 15 anos alcançar o sonho de criança e tornou-se artista a tempo inteiro, dedicando-se à pintura a óleo, aguarela, modelagem e até escultura.
Entre os distinguidos está também o jornalista Daniel Ribeiro, nascido em Carregal do Sal, que chegou a França como corresponde da imprensa portuguesa e trabalha para o jornal Expresso e é diretor de antena da Rádio Alfa.
O júri selecionou também o fotógrafo Victor Roriz de Viana do Castelo, que nasceu numa família dedicada à arte e Horácio Miranda, da aldeia de Serapicos, em Bragança, que rumou a França, onde constituiu família e constrói casas.
De acordo com José Gomes de Sá, organizador da iniciativa, trata-se acima de tudo de valorizar “os portugueses que se destacaram no empresariado, na ação social e em outras áreas com ganho de prestígio e notoriedade” para Portugal.
“São pessoas que contribuem para o engrandecimento de Portugal no mundo, cada português a residir além-fronteiras é uma bandeira de Portugal”, enfatizou, ressalvando que a iniciativa destina-se não só a emigrantes, mas também aos que residem em Portugal.
A iniciativa “Portugueses de Valor” é uma “forma de enaltecer os valores do trabalho, do empreendedorismo, do risco, do profissionalismo, da responsabilidade, do êxito e, obviamente, da solidariedade e espírito de sacrifício do povo português”.
A Lusopress destacou que “além dos cerca de dez milhões de portugueses residentes em Portugal, presume-se existirem cerca de cinco milhões mais espalhados pelo mundo”.
A próxima gala “Portugueses de Valor está programada para Guimarães e Marco de Canavezes, seguindo-se a Bragança, e outras localidades onde o evento já passou, nomeadamente Paris, Tróia, Viana do Castelo, Açores, Leiria, Chaves/Boticas, Figueira da Foz e Faro.
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