O diálogo intercultural é fundamental na integração dos migrantes

 A Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, defendeu a necessidade de libertação de preconceitos e da aposta no conhecimento recíproco das diferentes culturas, assumindo que somos “uma só humanidade num planeta frágil”, na passada sexta-feira, na abertura das XXIV Jornadas Culturais de Balsamão, em Chacim, Macedo de Cavaleiros, este ano dedicadas ao diálogo intercultural. 

“O assunto das migrações não está a ser bem tratado, é por isso que é preciso erguer a voz e explicar que algumas pessoas têm perceções que não estão corretas sobre o valor das migrações. Nós somos tradicionalmente um país de emigrantes e temos uma comunidade calculada em cinco milhões, mas pelo menos três milhões têm cartão de cidadão português, com morada no estrangeiro. 

Num país com 10 milhões isto serve para pensar e refletir. Agora também somos um país de imigrantes, porque nós precisamos deles. Eles vêm para trabalhar na agricultura em Trás-os-Montes e em outras zonas rurais, precisamos de os tratar bem e de os integrar, precisamos deles na construção civil e turismo”, descreveu.

Glória Lopes