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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 23 de março de 2022

Provérbios populares sobre os amigos e a amizade

 Os provérbios ou ditados populares são elementos de sabedoria popular que transmitem conhecimentos comuns sobre a vida do dia-a-dia, às vezes contraditórios, pois a “verdade” a que dizem respeito não pode ser separada da comunidade sócio-cultural que lhe deu origem.


Abaixo, uma listagem de provérbios e ditados populares sobre os amigos e a amizade, recolhidos na região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

No final, transcrevemos uma fábula de Esopo* sobre este mesmo tema.

» Amigo de mesa não é de firmeza.

» Não me dês nada, mas mostra-me agrado.

» Amigo fiel e prudente é melhor do que parente.

» Amigo velho vale mais que dinheiro.

» Bom amigo é melhor do que parente ou primo.

» Amigo diligente é melhor que parente.

» Amigo verdadeiro, vale mais do que o dinheiro.

» A casa do teu amigo não vás sem ser requerido.

» Amigos de longe, contas de perto.

» As boas contas fazem os bons amigos.

» Amigos velhos, contas novas.

» Amigos, amigos, contratos à parte.

» Bom amigo: bom conselho.

» Conselho de amigo: aviso do céu.

» Quem me avisa meu amigo é.

» Quem do amigo despreza o aviso, é ingrato e falta de siso.

» Arrenego do meu amigo que me encobre o perigo.

» Ao amigo não encubras o teu segredo, para que não venhas a perdê-lo.

» Defeitos do meu amigo lamento-os, mas não os maldigo.

» Quem não te ama, na praça te difama.

» Nunca queiras do teu amigo mais do que ele quer contigo.

» Do amigo não esperes aquilo que tu puderes.

» Amigo não empata amigo.

» Amigos e caminhos, se não se frequentam, ganham espinhos.

» Aonde te querem muito, não vás muito a miúdo.

Uma fábula de Esopo* sobre a Amizade

Os Viajantes e o Urso

Um dia, dois viajantes encontraram-se, frente a frente, com um urso. O primeiro fugiu e salvou-se escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia conseguir vencer sozinho o urso, atirou-se ao chão e fingiu-se de morto.

O urso aproximou-se dele e começou a cheirar a cabeça e o pescoço, junto às orelhas. Convencido de que o viajante estava morto, foi-se embora.

O amigo que estava na árvore, depois de descer, perguntou-lhe:

– O que é que o urso te esteve a dizer?

– Ora, ele só me avisou para pensar duas vezes antes de voltar a viajar com pessoas que abandonam os amigos na hora do perigo.

Moral da história: A desgraça põe à prova a sinceridade e a amizade!

Esopo (Nessebar, 620 a.C. – Delfos, 564 a.C.) foi um escritor da Grécia Antiga a quem são atribuídas várias fábulas populares. A ele se atribui a paternidade das fábulas como género literário.

Fonte: Literatura Popular de Trás-os-Montes e Alto Douro – Joaquim Alves Ferreira, IV Volume, 1999 | Imagem de Cheryl Holt

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