Dezenas de pessoas enchem a sala de espera e algumas são atendidas mais de três horas depois de chegarem. Há até quem volte no dia seguinte para tentar ser visto por um médico. Numa altura em que o frio já é bastante na região, o aparecimento de doenças respiratórias pode ser considerado normal. Mas, este ano, a situação é mais grave.
“Prevê-se que haja um aumento da frequência, já que as pessoas estiveram três anos com maior protecção, defenderam-se de diferentes doenças, em particular as doenças através das medidas de restrição por causa da pandemia, com a utilização das máscaras, o afastamento. Levou a que as pessoas não tenham tido a oportunidade de contactar com alguns vírus e criar algumas defesas e aparecendo as doenças acabam por se disseminar com muita facilidade”, explicou o médico Fernando Andrade.
E ao que parece ainda está longe de se atingir o pico das doenças respiratórias e da afluência de pessoas nas urgências.
“Eu penso que estamos ainda a subir, penso que estes problemas só no mês de Janeiro talvez comecem a estabilizar e a diminuir um pouco”, referiu.
No entanto, de acordo com Fernando Andrade, cerca de metade das pessoas que recorrem às urgências não aparentam sintomas suficientes para recorrer a este serviço.
“As doenças viricas, as doenças respiratórias, as vulgares constipações e até muitas das gripes não justificam de forma alguma a necessidade de recorrer a um serviço de urgência. As pessoas podem primeiro fazer as chamadas mezinhas caseiras, que é tratar a febre, tomar chás”, disse.
Contactada a Unidade Local de Saúde do Nordeste para perceber o porquê de as pessoas demorarem várias horas para serem atendidas nas urgências do hospital de Bragança, não prestou qualquer esclarecimento até o momento.
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