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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Vai Ficar Tudo Bem #29 O confinamento “é menos opressivo nas cidades mais pequenas. Há mais espaço e uma relação forte com o campo”

"Bragança tem muito menos movimento", mas a vida no campo não parou. Os agricultores estão "a limpar as oliveiras, a adubar e a fazer operações agrícolas, mas seguindo as recomendações. Pelo que vejo, as pessoas estão a agir com enorme responsabilidade", afirma o professor de botânica Carlos Aguiar que, em tempos de pandemia, teve de recriar as suas aulas com vídeos sobre plantas e sessões online. "É difícil aprender botânica pelos livros, espero voltar às aulas de campo em breve"

Não vem tudo nos livros. E, por vezes, no mundo das plantas nem sequer existem palavras para nomear tudo o que acontece. "Os livros são um instrumento para ir mais longe, mas é preciso uma componente prática no ensino de qualquer tipo de biologia", defende o botânico Carlos Aguiar. Professor no Instituto Politécnico de Bragança, viu-se obrigado a reinventar e recriar as suas aulas de botânica para cerca de uma centena de alunos por causa do estado de emergência. À distância de uma aplicação online e de pequenos vídeos com plantas, Carlos tenta por estes dias fintar a suspensão das aulas presenciais, mas considera "muito difícil aprender botânica apenas pelos livros, sem contacto com a natureza". Apesar disso, ainda consegue ter uma perspetiva otimista sobre este período de isolamento e distanciamento social: "o confinamento acabou por ser pedagógico. Todos aprendemos muita coisa. Médicos, professores, e praticamente todas as profissões tiveram de se adaptar a uma nova realidade", afirma ao telefone a partir de Bragança, onde vive e trabalha. Natural de Matosinhos, tem três filhas estudantes na Universidade do Porto, mas que agora estão por Bragança em regime de aulas online. "É a minha opinião pessoal, mas considero que é mais fácil viver este período numa pequena cidade, porque há mais espaço e uma relação forte com o campo. É menos opressivo", afirma.

Ouça o episódio #29 de #Vai Ficar Tudo Bem, uma iniciativa do jornal Expresso para acompanhar e ajudar os portugueses que se encontram neste momento em casa. Assine em Apple Podcasts, Soundcloud, Spotify e em qualquer plataforma de podcasts. Ou ouça AQUI esta conversa com o professor de Botânica que nos leva da covid-19 aos campos de Bragança e ao misterioso mundo das plantas. Como Carlos Aguiar nos diz, "no campo todos os dias se aprende qualquer coisa que não se tinha reparado antes".

Joana Beleza

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