“A Cáritas, com o Centro Social Paroquial dos Santos Mártires e outras instituições e ajudas que temos tido, está ao serviço daqueles que mais precisam. Aqueles que já habitualmente eram servidos pela Cáritas e que não podem vir aqui, vamos nós a casa das pessoas. Todos os dias as equipas saem e acompanham”, explicou D. José Cordeiro ao Mensageiro, durante uma das saídas da equipa, que foi acompanhada pelo prelado.
“Procuro, duas ou três vezes por semana, estar e dar essa palavra de esperança e consolação às pessoas com quem estamos e a quem trabalha e está na linha da frente. A Cáritas é este amor em saída e é agora, conforme a campanha deste ano da Cáritas. Além disso há novas famílias e alguns alunos internacionais a pedirem ajuda neste tempo duro e severo que estamos a viver. E a esses estamos a acompanhar e a apoiar em tudo o que nos é possível”, frisou D. José Cordeiro.
“Há um aumento muito significativo de pedidos. Sobretudo de casos novos que não estavam no apoio que a Cáritas já vinha fazendo. E o importante não é só apoiar mas gerar mecanismos de solidariedade à volta e ajudar as próprias pessoas a não se sentirem sós e abandonadas”, explicou.
A ajuda tem sido, sobretudo, em bens essenciais, para além de medicamentos, água, luz, renda da casa. “E um apoio moral e espiritual. Pedem-me em quase todos os lugares: “reze por mim, reze por nós, para que possamos vencer”. O maior medo dos mais velhos e das pessoas idosas é ficarem sós e abandonados. Veem as notícias e ficam muito alarmadas. Perguntam porque é que a vida de uma pessoas mais jovem vale mais do que a vida de uma pessoa de mais idade.
Toda a vida humana tem a mesma dignidade. Como Pedro, atrevo-me a dizer, não temos ouro nem prata mas temos Jesus Cristo que é o caminho, a verdade e a vida e é ele que nos impulsiona a andar com chuva, com sol, a ir ao encontro dos que mais precisam”, frisou o bispo.
António G. Rodrigues
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