A tempestade deixou marcas mais visíveis na zona Norte do Vale, e há produtores que receiam a perda total de colheitas. É o caso de Gil Freixo, que frutifica pêssego e nectarina:
“Ainda não temos a certeza mas, possivelmente, 100% da produção foi à vida. A fruta vai cicatrizar e ficar boa para comer. Ainda assim, as pessoas comem os olhos e o aspeto não fica igual. Vai ter uns furos e algumas feridas.
Houve vários produtores de pêssego e cereja que também saíram muito prejudicados.”
Wilson Alves, produtor de frutos e hortícolas, conta que os danos nas suas produções não foram tão graves, mas que o granizo ainda danificou cebolo e folhas de diospireiro:
“Os estragos aqui não foram tantos. Isto foi uma corda que apanhou mais a zona Norte. Mesmo assim, danificou-me o cebolo porque lhe partiu a rama. Conseguimos curar com cálcio mas como está no ponto de saída tem menos apresentação, porque tem o caule partido. Também fiquei com algumas folhas do diospireiro furadas porque o fruto ainda está um pouco atrasado.
Na zona Sul, felizmente, os estragos são menores.”
Os produtores do Vale da Vilariça receberam ontem a visita de técnicos para avaliar os prejuízos agrícolas, mas a esperança na recuperação do valor perdido é escassa, confessa Gil Freixo:
“Não nos foi dito nada em concreto. Nós seguros não temos, agora vão fazer um relatório para o Ministério da Agricultura e depois vão ver. Não nos disseram mais nada.
Não tenho muitas esperanças.”
Ainda sem querer avançar números quanto aos valores destes danos, este produtore não nega que “são prejuízos muito avultados”.
Escrito por ONDA LIVRE
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