É uma excepção para as pessoas que têm autorização para duas vezes por semana poderem passar de uma aldeia transfronteiriça para a outra. São alguns habitantes das duas aldeias que têm animais ou terrenos do outro lado a que deixaram de poder aceder.
O marido de Maria Preto vai poder passar para tratar das hortas.
“Nós temos mais terras do lado de lá, do que do lado de cá, então uns anos trabalhamos umas, outros anos trabalhamos outras. Mas acho que duas horas não é tempo suficiente porque, por exemplo, vão carregar um tractor de estrume e já lhe leva as duas horas, então terão que o carregar na véspera” , disse Maria Preto.
Maria contou que nem só os trabalhos agrícolas foram afectados com a reposição das fronteiras. Tem um neto pequeno a viver em Rio de Onor mas que nasceu em Espanha e têm encontrado dificuldades para poder ir ao médico.
“O bebé nasceu na Espanha e está a ser tratado na Espanha e temos que falar com o vizinho para que o leve, porque nós não podemos passar com o carro. Os meus carros são espanhóis, apanharam-nos com eles aqui em Portugal e não podemos andar com os carros”, explicou.
A GNR e a Guardia Civil espanhola controlam esta abertura temporária e excepcional em Rio de Onor.
Todas as quartas e sábados entre as 9 e as 11 horas os habitantes que solicitarem autorização vão poder cruzar a fronteira em Rio de Onor, é uma forma de aliviar os constrangimentos causados com a reposição das fronteiras, a 16 de Março.
Até agora foram pedidas três autorizações, de dois espanhóis e um português.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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