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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Restaurante O Abel, em Bragança: Grelhados no ponto certo

Só grelhados na brasa, mas de excelência, sejam as carnes seja o bacalhau, e tanto basta para ter casa cheia e clientes à porta. A opinião do crítico gastronómico da VISÃO Se7e, Manuel Gonçalves da Silva, sobre o restaurante O Abel, em Bragança.
O restaurante, em Gimonde, a meia dúzia de quilómetros do centro de Bragança, tem uma cozinha simples, voluntariamente limitada às carnes assadas na brasa
Voltamos a Bragança e ao contacto com a sua gastronomia, numa altura em que as atenções estão concentradas no primeiro restaurante da região que conquista uma Estrela Michelin – o G Pousada, aqui referido há semanas, louvando a sua cozinha inspirada na tradição e trabalhada com primores técnicos e estéticos. O nosso destino, desta vez, é uma casa que se limita aos grelhados: O Abel, em Gimonde. Tem uma cozinha simples, voluntariamente limitada às carnes assadas na brasa, todas de origem transmontana, e bacalhau assado do mesmo modo, com grande afluência de clientes, que são atendidos por ordem de chegada, não aceitando marcações. Dista meia dúzia de quilómetros do centro de Bragança e, em seu redor, tem a paisagem única do Parque Natural do Montesinho. Nas salas e no balcão, oferece conforto e ambiente familiar, descontraído, convidativo.
Lucília Monteiro
Só há grelhados, pois, mas realmente bons, graças à qualidade das matérias-primas e ao tempo exato de exposição ao calor das brasas. A prová-lo estão, nas entradas, a alheira e a chouriça assadas, que rivalizam com o presunto de porco bísaro e os queijos de ovelha, produtos regionais genuínos. A seguir, duas opções fundamentais: ou o bacalhau assado na brasa – posta do lombo, alta, bem assada e melhor regada com azeite muito fino, acompanhado com batatas assadas e salada; ou carnes temperadas com sal, ervas aromáticas locais e especiarias, também grelhadas – como a posta à Abel, alta, tenra e suculenta; a costeleta de vitela, igualmente macia e não menos saborosa; o rodeão, nome do entrecosto de vitela; o cordeiro, de aroma e sabor muito suaves e característicos; e o picantone, que lembra o “frango da Guia”, com batatas fritas e salada.


Boa doçaria caseira com os pudins de castanha e de queijo em destaque. Garrafeira reduzida, talvez porque o vinho que sai mais é o da casa – um bom Douro, servido em jarro. Serviço eficiente e simpático.

Manuel Gonçalves da Silva

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