Em Valpaços, cidade que se intitula a capital do folar, as perdas pelo cancelamento da Feira do Folar, que deveria ter-se realizado no último fim de semana, ultrapassam 1,5 milhões de euros, disse à TSF o presidente da autarquia.
De acordo com Amílcar Almeida, a feira é o motor das vendas do folar certificado na época da Páscoa, pelo que a ausência de "muitos visitantes" teve um impacto "muito grande" na economia local.
Para minimizar prejuízos, os produtores de folar apostaram nas vendas por encomenda "através do correio", mas "o volume de negócios fica muito aquém" do de anos anteriores.
Em Bragança, na vila de Izeda, o proprietário da Padaria Transmontana , Rui Simão, fala numa mudança de paradigma: "Enquanto as pessoas se deslocavam à nossa feira gastronómica, agora somos nós que levamos o produto até elas".
A empresa do também vice-chanceler da Confraria do Azeite e do Folar reforçou esta semana as entregas no grande Porto, tendo conseguido "um aumento na ordem dos 30%" em relação ao habitual.
Com esta decisão, as vendas globais deverão ser idênticas às do último ano, mas com mais custos: "Uma coisa é vender em Izeda, sem despesas de deslocação nem logística, outra é outra vender no Porto, com a despesa que um carro e uma pessoa acarretam".
Rui Silva
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