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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 18 de março de 2021

Maioria do comércio em Macedo de Cavaleiros reabriu segunda-feira ao postigo. Fomos saber como estão a correr as vendas

 A confirmação é de Paulo Moreira, presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços:
“Numa análise genérica, o que se verifica é que a maior parte dos comerciantes estão a trabalhar. Em uma primeira abordagem nota-se que os cabeleireiros estão a trabalhar e a maioria dos comerciantes aderiram à venda ao postigo, sendo que alguns ainda não estarão abertos porque se estão a readaptar ao sistema de abertura. É o possível para esta fase.”

A Onda Livre foi ouvir alguns comerciantes macedenses que depois de quase dois meses fechados voltaram na segunda-feira a abrir, desta vez não a porta mas sim o postigo.

Começamos pela venda de roupa.

Cidália Arrátel é proprietária de uma loja na cidade e considera que a venda ao postigo não é apropriada para este género de artigos:

“Não está a correr muito bem.

Estive este tempo todo em casa e não me importava de continuar até ao dia 5 porque vender ao postigo em uma loja de roupa não faz sentido nenhum.

As minhas clientes gostam de entrar, ver, experimentar, ter a minha opinião e na venda ao postigo isso não acontece.”

O mesmo se verifica com a venda de calçado.

Maria José tem uma sapataria e diz que vender ao postigo não compensa:

“Está a correr muito mal, acho que não vale a pena.

Estou aqui porque tenho muito que fazer, mudar as condições e limpar para estrar preparada para poder abrir no dia 5.

Os clientes quando vêm queres ver e tocar o artigo, e não se pode.

Desde segunda-feira têm sido poucos os clientes, não compensa.”

Cenário semelhante aponta Carlos Pragueiro, proprietário de uma loja de artigos têxteis:

“Muito parado. As pessoas têm medo.

A venda assim compensa e não compensa porque as pessoas gostam de ver, apalpar e ver as cores mais ao vivo do que apenas nós trazendo à porta.

Sinto que as pessoas têm necessidade de fazer algumas compras, também estamos a caminho da Páscoa e querem renovar algumas coisas. Mas parece-me que o fazem mais para sair de casa.”

Por sua vez, Júlia Santos, que é dona de um café, diz que os clientes têm aderido à nova modalidade de venda:

“De manhã há algumas pessoas e à tarde é mais calmo. As pessoas já tinham saudades do cafezinho. Não se juntam, bebem o café e vão embora.

Acho que quando abrirem as esplanadas, dando às pessoas a possibilidade de se sentarem, sempre ficam e consomem mais um pouco.”

Não ao postigo mas por marcação voltaram também a trabalhar os salões de cabeleireira.

No caso do estabelecimento de Carla Vieira, o saldo está a ser positivo e confessa até que as clientes já aguardavam pela reabertura com alguma ansiedade:

“Ótimo. As pessoas estavam à espera, ansiosas, e psicologicamente estávamos todos a precisar assim de um ar mais leve.

As clientes vêm mais para mudar o visual e ficarem mais leves porque estão tristes, desanimadas, e querem sentir-se mais vaidosas e bem com elas próprias.”

As opiniões dos comerciantes a dividirem-se a meio da primeira semana do início do desconfinamento, que deu a possibilidade de muitos reabrirem os estabelecimentos, maioritariamente ao postigo.

Uma forma de venda que o presidente da ACISMC, Paulo Moreira, reforça não ser o ideal e apela à população que ajude o comércio local:

“Os empresários precisam de vender mercadoria e que os clientes vão aos seus comércios. E apelo que pelo menos as pessoas do nosso concelho façam consumo local agora mais que nunca.

O comércio ao postigo vai trazer alguns problemas de logística porque o lojista tem de trazer à porta os produtos para mostrar, o que me parece que pode ser ainda pior pois o contacto se não acontece lá dentro, acontece fora. Acho que era preferível limitar a utilização a um cliente dentro do estabelecimento do que estar a introduzir este critério do postigo.”

Para já, é assim que vai continuar a venda de diversos artigos considerados não essenciais, pelo menos até dia 5 de abril, altura em que as lojas até 200m2 com porta para a rua vão poder voltar a receber pessoas no interior.

Escrito por ONDA LIVRE

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