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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 17 de março de 2021

Pandemia deixa imobiliárias em sufoco: há quebras superiores a 50%

 As imobiliárias estão a registar quebras acentuadas nas vendas desde o primeiro confinamento. Algumas empresas do sector tiveram diminuições de negócios entre 50 a 70% neste último ano.
O facto de terem estado muito tempo impedidos de mostrar imóveis é só um dos problemas para quem trabalha no sector do imobiliário. A pandemia arrasta uma crise económica, com perda de rendimentos e de emprego o que leva as pessoas a adiar ou cancelar a compra de imóveis.

Eugénia Batista trabalha há 24 anos no ramo imobiliário em Bragança e diz que a pandemia afectou bastante o negócio. “Afectou-nos bastante porque tínhamos alguns negócios praticamente fechados que tivemos que anular porque as pessoas ficaram com medo de perder os empregos. Houve muitas proprietárias de cafés e restaurantes que tiveram que fechar e tiveram medo de avançar em alguns negócios e compras. Tem sido duro porque temos de pagar 700 euros de renda, temos que pagar à funcionária, água, luz, IVA, Segurança Social... e não temos rendimentos”.

2020 não foi um ano bom e registou uma quebra de cerca de 60%, no entanto, antecipa que 2021 será pior.

Apesar de as imobiliárias serem um dos negócios com autorização para reabrir desde segunda-feira, Eugénia Batista acredito que a recuperação não será rápida nem imediata. “Temos que trabalhar, se calhar, o dobro para ganhar um terço. Eu estou convencida que estes três anos serão para recuperar e não para ganhar grande dinheiro”.

Vivaldo Martins também tem uma imobiliária em Bragança e diz que nos últimos tempos na parte de compras e vendas de imóveis fez praticamente metade dos negócios no último ano. “Na parte de compras e vendas notasse um decréscimo muito grande, de 50%. Temos muitas pessoas que procuram imóveis mas que já vêm com um preço estipulado. Provavelmente tem a ver com a dificuldade de adquirir crédito, porque alguns jovens já têm alguns créditos pessoais e outros perderam rendimentos”.

Desde Janeiro até agora tem-se restringido a enviar fotos dos imóveis aos interessados e devido à indecisão tem agendamentos para um dia melhor.

Alfredo Germano tem uma imobiliária em Mirandela e visto que o confinamento imposto em Março de 2020 tirou as pessoas da rua decidiu, logo na altura, apostar nas visitas virtuais. “Tivemos que nos ajustar. Eu estava preso em casa e tive que me adaptar. Procurei onde podia comprar câmaras 360º e programas para criar visitas guiadas. Enquanto estive fechado foi complicado mas ao criar estas condições ajudou-me bastante”.

Segundo Alfredo Germano os compradores nem sempre têm necessidade de visitar presencialmente o imóvel e diz que fez vendas em que a casa só foi vista no dia da escritura.

Frederico Teixeira também tem uma imobiliária em Mirandela, bem como em Vila Flor e Torre de Moncorvo. Para além de gestão dos arrendamentos, no confinamento teve os escritórios fechados e não podia mostrar imóveis, mas tentou fazer visitas à distância com chamadas de vídeo, no entanto não é tão optimista acerca da utilização destes meios no negócio. “Tenho feito visitas à distância. Fazemos através do Whatsapp mas não me parece que resulte. Qualquer um de nós, para comprar algo, precisa de o ver. Pode despertar interesse mas fica sempre algo pendente”.

Entre o primeiro trimestre de 2020 e o de 2021 diz ter tido uma quebra de 70%. Quanto ao futuro, acredita que vai ser marcado pela incerteza.

A crise económica provocada pela pandemia promete continuar a condicionar o sector imobiliário e a retoma deve ser lenta e prolongada.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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