O vinhaense é o director comercial da Immunethep, empresa que tem sede em Cantanhede, e começou a desenvolver uma vacina contra a Covid-19, em Abril do ano passado. Esta poderá ser a primeira fórmula do país a entrar na corrida para travar o vírus. Neste momento, a vacina está preparada mas é preciso passar para os ensaios em humanos e, para isso, é preciso dinheiro e alguma vontade política.
“Nesta fase pedirmos um investimento por parte das farmacêuticas é algo que muito dificilmente irá acontecer. Portanto, o que nos sobra é aquilo que têm feito alguns países, injectar nas farmacêuticas deles. Aquilo que tem de ser feito é um esforço comum da União Europeia, mais especificamente Portugal, que vai gastar 20 milhões de euros, nesta fase, com vacinas”, disse.
Segundo Lino Pires, quando a vacina começou a ser desenvolvida, a empresa candidatou-se a alguns incentivos, lançados pelo Governo, sendo contemplada com 200 mil euros, que demoraram sete meses a chegar.
Pedro Madureira é director científico da empresa. Além de portuguesa, a vacina que está a ser criada, tem uma grande particularidade: será dada por inalação, para potenciar imunidade nos pulmões.
“A vacina está preparada. Estamos neste momento a finalizar os ensaios em modelo animal, o que nos permite avançar para humanos e ao mesmo tempo estamos já a preparar a reunião com as entidades reguladores para ter a aprovação do projecto. Mas a partir do momento que começarmos podemos em 9 meses produzir e distribuir a vacina em larga escala”, acrescentou.
A empresa iniciou actividade em 2014. A equipa que a compõe já desenvolveu outras vacinas, daí ter decidido avançar com esta de combate à Covid-19, sendo que a ideia inicial era garantir uma solução, pelo menos, a nível nacional.
Para já, a produção deverá estar assegurada através de um dos parceiros da empresa, sendo este CEO de uma fábrica de vacinas no Canadá. A vacina terá uma toma e um reforço, passadas três semanas.
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