O espaço de partilha de experiências e de apoio emocional esteve parado mais de um ano, por causa da pandemia. Segundo Marisa Fernandes, da equipa técnica, apesar de tudo, a organização levou-o para o online, pois era necessário continuar a prestar apoio a quem tanto precisa.
“No formato presencial, o Café Memória realizava-se uma vez por mês, depois reinventámo-nos no formato on-line e passou a existir todas as semanas. A equipa técnica com os seus voluntários foi tentando manter algum contacto telefónico com todas estas pessoas para tentar minimizar um pouco as consequências deste isolamento a que todos fomos submetidos”, afirmou.
Marisa Fernandes considera que o isolamento provocado pela pandemia afectou as pessoas que sofrem de demência, mas que também foi um período complicado para quem as cuida.
“Quem frequenta o Café Memória são pessoas com demência, com perda de memória, mas também cuidadores, familiares e outras pessoas que se interessem pelo tema. O isolamento foi uma situação a que nenhum de nós estava habituado, por isso também os cuidadores das pessoas com demência sentiram dificuldades neste período”, afirmou.
Em Mirandela, o Café Memória começou a realizar-se em Novembro de 2019 e deixou de se fazer passado quatro meses. As poucas sessões presenciais foram bastante participadas e produtivas.
“O Café Memória em Mirandela só teve quatro sessões presenciais, infelizmente não tivemos tempo de os fidelizar muito bem com as famílias, porque entrámos logo na época de pandemia, mas foram muito frequentadas. Percebemos que era uma mais-valia para pessoas com demência e para os seus cuidadores, porque é um espaço em que podem relaxar um bocadinho”, sublinha Marisa Fernandes.
A retoma do Café Memória acontece amanhã, às 10 horas, junto à Ecoteca, em Mirandela. A participação não requer inscrição.
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