Os autarcas dos nove municípios estiveram reunidos, na terça-feira, com o presidente da CCDR-N para falar da estratégia do Norte 2030. Artur Nunes, presidente da CIM, avançou que é preciso haver financiamento dos fundos para as estradas.
“Dotação financeira, do próprio Orçamento de Estado, para a regularização das estradas municipais. Não vamos ter dinheiro para resolver o alcatroamento de todas as estradas municipais. Com certeza que tem que haver aqui uma aposta nas estradas municipais, que estão numa degradação bastante grande”, referiu.
Nesta fase está também a ser feita a reprogramação do Norte 2020, para que os fundos que não foram utilizados até ao ano passado sejam aplicados até 2023. Segundo Artur Nunes, na CIM de Trás-os-Montes a taxa de execução é superior a 50%.
A Comunidade Intermunicipal deixou ainda outra reivindicação à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.
“O próprio PDR ser gerido regionalmente, porque cria valor acrescentado a territórios como Trás-os-Montes. Acho que devíamos também uma palavra a dizer na aplicação desses mesmos fundos”, frisou Artur Nunes.
Já o presidente da CCDR-N diz que a nova estratégia é assente nas pessoas e que a região precisa de financiamento para fixar quem cá está e atrair outras pessoas. António Cunha entende que deve ser feita uma grande aposta na agricultura para a criação de postos de trabalho.
“É preciso que os rendimentos da agricultura aumentem, para que sejamos capazes cultivar e fazer crescer produtos de maior valor acrescentando e é necessário que na região seja feita a transformação desses produtos, que a indústria agro-alimentar seja feita aqui”.
Entre 2014 e 2020, a CIM Terras de Trás-os-Montes conseguiu investimentos no valor de 373 milhões de euros, apoiados pelos fundos europeus do Portugal 2020. Para o próximo quadro comunitário ainda não se sabe qual será o financiamento disponibilizado.
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