“Os prejuízos são bastante elevados. As temperaturas negativas que se fizeram sentir há quinze dias, houve ali três dias, em que foram registados -3º e -4º, muito frio, muito vento. A quebra também tem a ver com as variedades. Havia variedades que até já estavam mais adiantadas e essas, se calhar, não sofreram tantos, como aquelas que estavam em fim de floração”, explicou o responsável da Cooperativa da Amêndoa de Torre de Moncorvo, Bruno Cordeiro.
Além da quebra de produção estar a deixar os agricultores desesperados, também os elevados gastos e o baixo preço do fruto são uma preocupação.
“Ouvimos queixas, queixas, queixas dos agricultores, não só pela não produção, mas também pelo preço da amêndoa que tem vindo a descer nos últimos tempos e os custos de produção sempre a subir. Na última campanha até Abril, o preço foi razoável, mas num curto espaço de tempo desceu de 4,4€ para 3,5€”, referiu.
Bruno Cordeiro admite que pode mesmo haver quem abandone a actividade.
A Cooperativa da Amêndoa de Torre de Moncorvo tem cerca de 1500 agricultores associados e abrange os concelhos de Torre de Moncorvo, Mogadouro, Alfândega da Fé, Vila Flor, Freixo de Espada à Cinta, Mêda, Vila Nova de Foz Côa, São João da Pesqueira e Valpaços.
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