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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

METAMORFOSE

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")

Deixai-me passar, quero ver as rosas transformadas, em lagartas de vida, em lírios e violetas perfumadas.
Entre lembranças e recordações obsoletas, os meus dedos esguios e vadios, vão rasgar epidermes, romper casulos, e mesmo de alma vazia, deixar nascer, belas e frágeis borboletas!
Crisálias entorpecidas, vacilantes e cheias de medo, vou abrir-lhe as asas, para fazerem frente ao mundo e á vida.
Quero tatuar um anjo na saudade, com corpo de veludo acetinado, e de gala colori-lo e pintá-lo, sem véus nem mantilhas. Vou apenas metamorfoseá-lo.  
Desenhar-lhe no rosto e no dorso, pétalas douradas, para que ali, jaza a saudade, sem lágrimas nem partidas, apenas abraços e beijos, eternas primaveras floridas.
Seco meus olhos vermelhos e lacrimosos!
Relembro o sol a florir, uns olhos a sorrir e dias…dias e dias, saudosos!
No luar das horas mortas, fico cada vez mais convicta que Deus escreve direito por linhas tortas.

Maria da Conceição Marques
, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.

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