Por: Humberto Pinho da Silva
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Ao ler o comentário de leitora do: " Luso-brasileiro", referente ao perigo de expressar opinião em público, recordei-me de história, que li, contada por nosso clássico, cujo nome se varreu.
Vou tentar contá-la, por palavras minhas, ainda reconheça, que o texto, perderá muito da beleza e graciosidade do original, para não falar da vernaculidade.
Penso que é do nosso Padre Manuel Bernardes ou de D. Manuel de Melo, mas infelizmente confiei na memória e não no bloquinho de apontamentos – a minha memória de papel.
No tempo de El-Rei de Espanha, cujo nome não sei, nem interessa, foi necessário transladar o Tesouro Real, para outra cidade.
Como naquela época era perigoso viajar, carregou-se o Tesouro em possantes éguas, acompanhadas de bem armados janizaros.
Inesperadamente, salteou-lhes pelo caminho, perigosos salteadores, desejosos de assenhorearem-se de tamanha riqueza.
Os guardas, enquanto desbaratavam a aguerrida quadrilha, gritaram a bom gritar, para as quadrúpedes, dizendo:
- Fujam!... Corram!... Que querem roubar o Tesouro do Rei!...
Mas, estas continuaram a passos entorpecidos, conversando umas com as outras:
- E a nós que importa! Seja o Tesouro do Rei ou dos larápios, andamos sempre de albarda...
A pericópia mostra-nos que em Monarquia ou República, em Ditadura ou Democracia, o povo, andou, anda e andará, sempre de canga.
O mais triste é que muitos, levados por astuciosos demagogos, pensam erradamente, que a revolução ou mudança de regime, é varinha mágica de fada benfazeja, que transforma a sociedade.
Em " Olhai os Lírios do Campo", pela boca do Dr. Eugénio, Erico Veríssimo diz: " Não é com revoluções que se consegue esses milagres. Uma revolução pode mudar um sistema de governo, mas não conseguirá melhorar a natureza do homem."
Termino com a sábia definição do célebre Millôr Fernandes:
" Democracia é quando eu mando em você; ditadura é quando você manda em mim."
Em poucas palavras explicou o que é a liberdade.
Devo acrescentar, em abono da verdade, que ainda há políticos honestos, que abandonam o poder de mãos limpas, tão pobres como entraram. Mas são tão raros!.... Pelo menos penso que sim. Queira Deus que esteja enganado.
Vou tentar contá-la, por palavras minhas, ainda reconheça, que o texto, perderá muito da beleza e graciosidade do original, para não falar da vernaculidade.
Penso que é do nosso Padre Manuel Bernardes ou de D. Manuel de Melo, mas infelizmente confiei na memória e não no bloquinho de apontamentos – a minha memória de papel.
No tempo de El-Rei de Espanha, cujo nome não sei, nem interessa, foi necessário transladar o Tesouro Real, para outra cidade.
Como naquela época era perigoso viajar, carregou-se o Tesouro em possantes éguas, acompanhadas de bem armados janizaros.
Inesperadamente, salteou-lhes pelo caminho, perigosos salteadores, desejosos de assenhorearem-se de tamanha riqueza.
Os guardas, enquanto desbaratavam a aguerrida quadrilha, gritaram a bom gritar, para as quadrúpedes, dizendo:
- Fujam!... Corram!... Que querem roubar o Tesouro do Rei!...
Mas, estas continuaram a passos entorpecidos, conversando umas com as outras:
- E a nós que importa! Seja o Tesouro do Rei ou dos larápios, andamos sempre de albarda...
A pericópia mostra-nos que em Monarquia ou República, em Ditadura ou Democracia, o povo, andou, anda e andará, sempre de canga.
O mais triste é que muitos, levados por astuciosos demagogos, pensam erradamente, que a revolução ou mudança de regime, é varinha mágica de fada benfazeja, que transforma a sociedade.
Em " Olhai os Lírios do Campo", pela boca do Dr. Eugénio, Erico Veríssimo diz: " Não é com revoluções que se consegue esses milagres. Uma revolução pode mudar um sistema de governo, mas não conseguirá melhorar a natureza do homem."
Termino com a sábia definição do célebre Millôr Fernandes:
" Democracia é quando eu mando em você; ditadura é quando você manda em mim."
Em poucas palavras explicou o que é a liberdade.
Devo acrescentar, em abono da verdade, que ainda há políticos honestos, que abandonam o poder de mãos limpas, tão pobres como entraram. Mas são tão raros!.... Pelo menos penso que sim. Queira Deus que esteja enganado.
Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".
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