A exposição “Balsamão – Tocar o Mistério” traz para fora da Sala do Museu da Congregação parte do maior espólio de ex-votos do Nordeste Transmontano. E vai contar com três momentos distintos, como explica o padre Eduardo novo:
“Em vez de convidarmos sempre as pessoas a subirem até ao monte, aqui é a própria congregação da Casa de Balsamão que desce o monte e vem até ao Museu de Arte Sacra em Macedo, onde queremos apresentar o nosso espólio, que não irá ficar estático. A própria exposição tem três momentos que ajudarão a entrar nessa dimensão de compreender quem são os Marianos, quem foi o Frei Casimiro, qual a sua vida e obra, de que forma influenciou e o que os levou a vir para Portugal e a construir aquele espaço em Balsamão. O terceiro momento será sobre o que desde 1954, até à atualidade, se foi potenciando em Balsamão, desde uma casa onde habita uma congregação religiosa, uma casa que se dedica à hospitalidade com um santuário, com um espaço com e para retiros, e depois falarmos também um pouco daquilo que será o projeto de requalificação de Balsamão.
É uma forma de mostrarmos o ontem, o hoje e o amanhã.”
A exposição poderá estar patente até 2025 e, em simultâneo, haverá uma outra a decorrer, mas itinerante, que vai percorrer vários países onde a congregação dos Marianos da Imaculada Conceição está presente:
“Apesar de termos colocado como data de fim da exposição outubro de 2023, provavelmente vai prolongar-se por mais alguns meses, porque também em simultâneo com esta vai decorrer uma outra exposição itinerante, com a qual queremos dar a conhecer os Marianos da Imaculada Conceição, da casa mãe em Portugal que é Balsamão, e sobretudo da figura, como é que um homem em 1754 vem da Polónia para Portugal, funda aqui a congregação, ela não se extingue e continua com a atividade pastoral com a sua missão e carisma, e ainda como é que hoje queremos potenciar todo o património existente e dá-lo a conhecer, em todo o mundo,. Queremos, ao mesmo tempo, apresentar o projeto de requalificação de Balsamão, como é que no século XXI a congregação se adapta às necessidades e à proposta que queremos dar à sociedade e à Igreja.”
O espólio é vasto e conta com obras pictóricas de António Joaquim Padrão:
“Temos talvez uma das melhores coleções de António Joaquim Padrão, um pintor do século XVIII, natural de Lisboa, que está aqui na nossa casa em Balsamão, bem como também a coleção de ex-votos, que talvez seja uma das maiores.
Temos também paramentaria, joalharia, todos os artigos ligados à celebração, e ainda um pouco do que é a escultura. É uma forma de voltarmos a abrir já a exposição para a escultura que será acrescentada daqui a uns meses. Há ainda algumas peças da fauna e flora para ajudarmos as pessoas a fazer a descoberta de Balsamão a partir dos sentidos.”
Esta é uma exposição conjunta, entre o Convento de Balsamão e autarquia de Macedo de Cavaleiros.
Para o presidente da Câmara Municipal, Benjamim Rodrigues, esta exposição facilita que a comunidade e os visitantes possam conhecer a arte patente em Balsamão:
“É uma oportunidade de trazer um acervo patrimonial religioso que assim fica mais acessível ao chegar ao Museu de Arte Sacra. É fantástico porque conseguem trazer aqui algumas peças que são de cariz religioso, mas também conseguem trazer uma coleção do António Padrão, que é certamente a maior do país, como também os ex-votos.
Desta forma, tanto a população como os visitantes podem mais facilmente ter acesso a esta arte, perpetuando também a marca que é a existência dos padres Marianos aqui na nossa comunidade.”
Quase 80 peças religiosas em exposição para serem visitadas no Museu de Arte Sacra de Macedo de Cavaleiros.
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