O autarca assegurou ontem à Assembleia Municipal de Bragança que o projeto está agora a ser “melhor pensado e estruturado”, nomeadamente na escolha dos materiais e na colocação dos mesmos.
Em causa está uma empreitada de 800 mil euros para melhorar a mobilidade em toda a zona histórica de Bragança, nomeadamente para pessoas em cadeiras de rodas ou para transporte de carrinhos de bebés.
A câmara municipal começou a empreitada pela zona do castelo, com a colocação de granito em passeios em volta de monumentos como a Igreja de Santa Maria e a Domus Municipalis e um largo adro na entrada do castelo.
Em meados de novembro, a obra deu polémica com fotos e críticas nas redes sociais, devido ao contraste e dimensão da cor e material do novo granito com as antigas pedras escuras do piso daquela zona.
A Câmara de Bragança levantou, imediatamente a seguir, o granito que tinha sido colocado e o presidente Hernâni Dias reconheceu hoje, na Assembleia Municipal, que o “cromático” não resultou, mas com um reparo aos que argumentavam com o peso histórico do piso existente.
“A calçada do castelo tem 27 anos. Se considerarmos que 27 é histórico, então nós, alguns de nós, já somos pré-históricos”, ironizou.
O autarca afirmou que já tinham decidido alterar o que estava a ser feito antes das publicações nas redes sociais e garantiu que o projeto está a ser repensado com as entidades competentes, nomeadamente da tutela da Cultura que deu parecer positivo à empreitada suspensa.
“Nunca, em circunstância alguma, foi intenção do município destruir nada. É fazer o que é o melhor a favor dos munícipes, nomeadamente a mobilidade”, salientou.
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