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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Cooperativa Mirandesa vive "pesadelo" por quebra na venda de carne

A Cooperativa Agropecuária Mirandesa (CAM) anunciou hoje que vive uma dos maiores "pesadelos" da sua história devido à quebra acentuada na comercialização e venda de carne certificada do bovino de raça provocada pela pandemia da covid-19.
"Estamos a viver um cenário que nem nos piores pesadelos seria imaginado. Organizámos ao longo de décadas a nossa produção e tínhamos um mercado estável e tudo estava a funcionar. De um dia para o outro, dos 430 clientes ativos ficamos 19, o que é pouco para a quantidade de produção que temos", explicou o administrador da CAM, Nuno Paulo.

O tempo de duração das restrições que são impostas pelas entidades responsáveis é outros dos fatores que "atrapalham" os produtores, "já que não há um espaço temporal para que se possa perceber o prolongamento desta crise pandémica provocada pela covid-19".

"Uma coisa é aguentar uma semana ou duas. Outra é estarmos um mês ou dois meses em que os animais têm de continuar a comer e a crescer, o que vai alterar as regras de certificação das carcaças de bovino mirandês. Um animal para ser certificado tem de ter controlo de idade. Exemplificado: uma vitela de leite não é um novilho", explicou.

A média de animais abatidos pela CAM, sediada em Vimioso, no distrito de Bragança, ronda os 60 animais por semana.

"Durante a última semana só abatemos 12 bovinos", contabilizou o responsável pela CAM.

Segundo Nuno Paulo, quanto mais tempo demorarem as restrições impostas para controlar a pandemia provocada pelo coronavírus "mais tempo vai demorar a recuperar este mercado".

Em 2019, a CAM comercializou 329 toneladas de carne certificada de bovino de raça mirandesa, o que representa mais de três milhões de euros.

Por outro lado, a CAM admitiu que Portugal não tem a capacidade competitiva de Espanha no que respeita à venda de carne, porque o país vizinho coloca o produto no mercado "a preços muito mais baixos".

"Este país [Espanha] tem uma capacidade comercial que não se insere muito na nossa cultura e se tiverem que vender, vendem ao preço que for preciso. A carne de bovino que chega de Espanha está a entrar no nosso mercado a um preço inferior à de suíno", explicou Nuno Paulo.

Para o responsável por esta estrutura agropecuária, "é impensável em Portugal, principalmente para quem comercializa um produto certificado e de qualidade superior como é a carne de bovino mirandês".

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