O terceiro período iniciou no começo desta semana, mantendo-se suspensas as actividades lectivas presenciais. O ensino básico permanecerá até ao fim do ano lectivo no modelo de ensino não presencial, com recurso às metodologias digitais, que será reforçado com o apoio de emissão televisiva de conteúdos pedagógicos. Eduardo Santos, director do Agrupamento de Escolas Emídio Garcia, em Bragança, explicou que este sistema poderá não chegar a alguns alunos.
“O agrupamento tentará fazer de tudo para que nenhum aluno possa ficar sem ter acesso ao ensino. É claro que não vai ser fácil, há muitos constrangimentos. Nós não vamos conseguir chegar a todos alunos”, disse.
Teresa Sá Pires, directora do Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, em Bragança, também se mostrou preocupada com o facto de nem todos os alunos puderem ter acesso a estas novas metodologias de ensino, expondo que muitos deles não têm sequer internet em casa.
“Nem todos os alunos têm equipamentos, nem internet. Alguns alunos vivem em zonas que mesmo com internet ela nem sequer funciona em condições”, contou.
Já Fátima Fernandes, directora do Agrupamento de Escolas Miguel Torga, aplaude o reforço do ensino à distância com o apoio de emissão televisiva mas acredita que poderão surgir várias falhas.
“Esperemos que com este apoio da telescola possamos de alguma forma minimizar qualquer problema que os alunos tenham de conexão”, acrescentou.
O terceiro período, que começou segunda-feira, termina no dia 26 de Junho. O 10.º ano permanece no modelo de ensino não presencial. Quanto aos 11.º e 12.º anos, será avaliada a evolução da situação epidemiológica e o Governo pode decidir retomar as aulas presenciais, garantindo-se o distanciamento social e justificando-se as faltas dos alunos cujos encarregados de educação optem por não deixar frequentar.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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