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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 2 de maio de 2020

Cooperativa Mirandesa aliviada com o escoamento da carne de bovino

A Cooperativa Agropecuária Mirandesa (CAM) mostrou-se hoje "mais aliviada" devido há melhoria na comercialização de carne de bovino mirandês porque o mercado e o Governo corresponderam aos apelos dos produtores em tempo de pandemia provocada pela covid.-19.
"Estamos mais aliviados, mas não inteiramente satisfeitos. Tivemos de mexer no preço pago ao produtor. Contudo, conseguimos duplicar o escoamento de carne de bovino depois de um mês de março péssimo. O Governo teve um papel importante ao apelar à comercialização de produtos nacionais junto das grandes superfícies", concretizou à Lusa o administrador da CAM, sedeada em Vimioso, no distrito de Bragança.

Segundo Nuno Paulo, os produtores entraram em "pânico" no início de março, com os restaurantes a fechar e com entrada em vigor do estado de emergência, tendo sido registadas "situações muito complicadas" no seio dos criadores desta raça autóctone e certificada "que não conseguiam vender os seus animais, dada a forte quebra de mercado".

"Retomámos a atividade e duplicámos as vendas e consequente saída dos animais dos estábulos dos produtores, o que veio melhorar uma situação que era crítica, já que os animais estavam a crescer e não havia escoamento para mercado", vincou o administrador.

Segundo Nuno Paulo, as vendas passaram de 84 carcaças de bovino mirandês abatidas em março, para as 227 abatidas no mês de abril.

"Houve todo um trabalho desenvolvido entre a CAM, confederações e ministério da Agricultura e em conjunto conseguimos resolver uma problemas que tínhamos em mãos, que era escoar a carne de bovino de produção nacional, já que havia a entrada de produto do exterior a preço mais reduzido, o que veio complicar ainda mais as coisas" frisou o responsável.

A CAM tem um acordo com uma cadeia de distribuição de produtos alimentares que vai estar em vigor até setembro.

"Vamos continuar a ter esperança e que nos próximos meses possamos voltar a normalidade", perspetivou Nuno Paulo.

No meio da pandemia provocada pelo novo coronavírus, a CAM teve de "adaptar" e as vendas 'online' são a nova estratégia desta unidade agropecuária transmontana.

"A cooperativa teve de se adaptar aos novos tempos. Há que ter uma atitude dinâmica e nunca cruzar os braços. As vendas 'online' criavam alguns problemas políticos que tiveram de ser ultrapassados", enfatizou o técnico.

"Começámos a fazer entregas nas casas das pessoas que solicitavam o nosso produto, o que resultou em venda que rondaram os oito mil euros", disse Nuno Paulo

A média de animais abatidos pela CAM rondava os 60 animais por semana.

Em 2019, a CAM comercializou 329 toneladas de carne certificada de bovino de raça mirandesa, o que representa mais de três milhões de euros.

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