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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 2 de maio de 2020

“DESNUDAR-SE” PERANTE O MUNDO

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

No meu tempo de meninice não havia: televisão, gravador, avião supersónico, telemóveis, e poucos possuíam carro. De Internet nem se pensava.
As comunicações faziam-se por: carta, telefone, rádio ou pessoalmente; ninguém sentia falta dessas “modernices”, que, agora, são indispensáveis
A vida era mais tranquila. As crianças brincavam descuidadamente, na rua, e os pais nem se lembravam que pudessem ser atropeladas ou raptadas.
Éramos mais felizes?
Julgo que não. A tranquilidade, a segurança, e a vida pacata, era o dia-a-dia. Parecia-nos natural.
Havia mais intimidade e mais convívio entre as famílias. Namorava-se, por carta, se o “ príncipe” morava afastado ou para lhe declarar afeto.
A carta era inviolável ou quase, porque havia quem conseguisse lê-la, abrindo-a ao vapor de água, ou a polícia secreta, se desconfiasse, violava-a com a colaboração do pessoal do Correio.
Agora com a Internet e telefone móvel e fixo, estamos à mercê de todos.
Num grupo de amigos, vim a saber o que aconteceu a senhora, que se separou do marido:
Para manter privacidade, alterou os códigos, que usava na Internet, e mudou o número do telefone.
Decorridos meses, ficou atónita, ao saber que as amigas recebiam mensagens, narrando intimidades de seu passado, e informações, e palavras degradantes.
Conseguira entrar-lhe no computador, com auxílio de amigo, perito em informática. Infelizmente não é caso único.
A Internet, que cada vez é mais usada, não permite intimidade. Através dela, descobre-se todos os segredos. O hacker é dono do mundo: avaria computadores, vigia-nos, rouba-nos endereços, retira e substitui fotos. Enfim devassa a nossa vida.
Não há forma de fugir. Somos obrigados a “ denudarmo-nos” diante dos informáticos e seus “amigos”…
Antigamente, a violação de correspondência e escuta telefónica, era crime; agora já há quem considere que não. Varia, consoante o “desnudado”… e interesses de ocasião…

Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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