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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Vespa Velutina já chegou ao concelho de Macedo de Cavaleiros

A vespa velutina, conhecida também como Vespa Asiática, já chegou ao concelho de Macedo de Cavaleiros.
O primeiro foco foi detectado há pouco mais de uma semana nas colmeias de um apicultor na zona das aldeias de Olmos e Malta.

No entanto, aquele foco não foi eliminado porque o ninho não foi descoberto, e a tendência é que os insetos de multipliquem, como refere André Vaz, presidente da Associação de Apicultores da Serra de Monte Mé – A Seita da Abelha:

“Não resolveu a situação de todo porque estes exemplares para estarem a predar no apiário é porque têm o ninho nas imediações, e esse não foi descoberto.

No outono, as árvores ainda têm muitas folhas que estão com várias cores, e, colo tal, não é fácil detectá-los.

Acredito que dentro de um mês e pouco, as folhas vão cair, os ninhos vão ficar visíveis e ai sim, podemos encontrá-lo.

Porém, nessa altura já não poderemos fazer nada porque o ninho estará vazio e todas as fundadoras que saíam vão estar a hibernar algures.

Quando chega esta altura do ano em que começa a vir o frio, estes animais vai criar uma série de vespas, as chamadas princesas que vão ser as futuras fundadoras do ano seguinte.

Estas vespas vão hibernar sozinhas, muitas delas vão morrer durante o inverno com o frio, mas todas as que sobreviverem até à primavera são potenciais fundadoras de ninhos novos.

Ou seja, cada vespa fundadora que seja apanhada é menos um ninho potencial que teremos no ano seguinte.”

Apesar de na região existir uma espécie de vespa autóctone que também é agressiva, a Crabro, a velutina é pior e tem capacidade de dizimar um apiário por completo, afiança André Vaz:

“A vespa velutina tem níveis de agressividade um pouco superiores à crabro mas o maior problema dela reside nos números. O ninho de vespa velutina tem muitos mais indivíduos que um de vespa crabro, e como no reino dos insetos a união faz a força, torna-se tão mais grave quanto maior for a comunidade. 

Ambas estas espécies de vespas alimentam-se de outros insetos, e neste momento têm as abelhas à disposição durante todo o ano.

Ou seja, nós, apicultores, estamos a criar alimento para vespas.

Um ataque de vespa velutina a um apiário pode chegar a dinamizar colmeias por completo.”

 No entanto, desde o ano passado que o concelho já estava alerta para o possível aparecimento destas vespas, tendo, por isso, nessa altura, começado a ser desenvolvido um plano de ação para a vigilância e defesa da vespa velutina numa parceria entre a Associação de Apicultores da Serra de Monte Mé – Seita da Abelha, os bombeiros voluntários locais e a autarquia.

O protocolo foi assinado ontem e a partir de agora está formalizada a atuação desta equipa sempre que necessário, explica Pedro Mascarenhas, vice-presidente do município de Macedo e responsável pelo pelouro da Proteção Civil:

 “A partir de agora tudo se pode fazer com mais celeridade.

Cada uma das entidades parceiras tem as suas responsabilidades: a câmara assume as despesas da compra de todo o equipamento necessário, como fatos, lança-chamas para queimar os ninhos das vespas e o transporte. A associação de apicultores põe a capacidade humana no trabalho porque têm o conhecimento necessário para isso, e, por fim, os bombeiros disponibilizam para o local todos os meios considerados necessários para que a ação seja feita em segurança.”

Um processo que visa a proteção das populações, sendo nisso o papel dos bombeiros fundamental, considera João Trovisco, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros:

“O papel dos bombeiros aqui é importante, não só por estarem presentes nestas operações mas também de poder socorrer, caso seja necessário, qualquer situação que ponha em causa a proteção das população.”

A vespa velutina é um inseto de grandes dimensões, tem cabeça preta com face laranja, o corpo é castanho-escuro ou preto aveludado, delimitado por uma faixa amarela fina e um único segmento abdominal.

Se notar a presença deste inseto, denuncie.

Escrito por Rádio Onda Livre

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