A notícia das duas primeiras recuperações da covid-19 no distrito de Bragança foi a nota positiva de uma semana em que o número de novos casos abrandou apesar de se ter intensificado a realização de testes de diagnóstico pelas cinco equipas da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste escaladas para o efeito.
Ao todo, até terça-feira às 15h00 (última informação disponível à hora do fecho desta edição), havia 156 casos positivos contabilizados no distrito de Bragança, que já provocaram quatro mortes. Às do paciente de 72 anos, natural de Mirandela e residente em Bragança e de um habitante do concelho de Vinhais, de 61 anos, somam-se as de um homem de 91 anos, da aldeia de Vale de Frades (Vimioso) e o de uma mulher, de 89 anos, natural de Macedo de Cavaleiros, que estava já há várias semanas internada no hospital de Bragança na sequência de vários outros problemas de saúde.
Já os casos recuperados são de duas mulheres: uma profissional de saúde de Mirandela, que trabalha em Braga, e outra pessoa do sexo feminino residente no concelho de Torre de Moncorvo.
Outro aspeto positivo do combate à pandemia tem a ver com os focos de doença que na semana passava preocupavam as autoridades e que parecem, agora, controlados.
Se, por um lado, temos mais de 30 profissionais de saúde da região infetados, por outro não surgiram novos casos na PSP nem nos lares que na semana passada estavam afetados (em Bragança, Vimioso Carrazeda e Mirandela). Esses focos iniciais foram controlados, com os testes entretanto realizados a funcionários e utentes a serem negativos.
Desde 14 de março, dia em que foi confirmado o primeiro caso, registado em Mirandela, o concelho de Bragança continua a ser o que regista o maior número de infetados, já conta 75 casos. Mas os novos casos que surgiram nos últimos dias apontam para contaminações em núcleos familiares em que já havia registo de outros casos positivos.
Por outro lado, desde quinta-feira da semana passada e até terça-feira desta semana realizaram-se mais do dobro dos testes. Passaram-se de 704 feitos desde o início de março para os 1663, um crescimento de 959 em menos de sete dias. Para além disso, os dados indicam que dão positivo menos de dez por cento dos testes realizados, quando rondavam os 14 por cento há uma semana. Ou seja, ao grande aumento do número de testes efetuados não correspondeu um aumento similar do número de infetados.
António G. Rodrigues/Fernando Pires
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