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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 18 de abril de 2020

QUE LER? COMO LER?

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")


Certa vez escutei o nosso Mário Soares, asseverar: “ Só os burros é que não mudam”. Logo choveu enxurrada de criticas sobre o político - considerado, pelos portugueses, como o pai da democracia, - acompanhado de ruidosos risos e sorrisos trocistas.
Não recordo, em que contexto proferiu a frase, mas, que ao longo da vida sofremos metamorfoses, é realidade incontestada.
Vamos abandonando “ conchas”, como disse Pierre Theilhard de Chardin, no caminhar pelo percurso da existência.
O convívio, a idade, a experiência adquirida, e mormente: ler e pensar; pensar e ler, transforma-nos, “crescendo”, espiritualmente e culturalmente.
Vamos abandonando “conchas”, obtendo visões novas, alterando o nosso “sentir” e pensar, e modo de encarar o mundo.
Ao referir a transformação, pela leitura, não abordo só a de ensaios e romances, mas a crónicas, muitas vezes excelentes, dadas à luz, na imprensa, de vida efémera, é certo, mas merecedoras de aturada reflexão.
Ao longo da vida, muitas vezes, mudei de parecer, influenciado pela leitura.
Refiro-me à leitura atenta, e não a realizada na escola, por obrigação; feita de espírito critico; parando a cada passo, para pensar e meditar: na frase feliz e conselho oportuno.
Leitores há - “devoradores” de livros, - que leem tudo que a critica ou livreiro, recomenda. Em regra, premiada (sabe-se lá como!). Leem por distração…ou matar o tempo…
A leitura proveitosa, que “eleva” e faz pensar, é a que passa pelo crivo da nossa crítica: Concordo? Discordo? Está bem? Está mal?
A primeira leitura, de jacto, é para avaliar a obra, o enredo, se é romance: geralmente de pouco proveito.
Mas, ao reler e tresler, penetra-se no “sumo” do livro; saboreia-se a elegância, a subtileza da frase, e assimila-se, igualmente, o pensamento do escritor ou filosofo.
Não é a muita leitura, que transforma; mas assimilar o raciocínio de grandes espíritos.
Nem tudo que se edita, é recomendável, mas somente a que alimenta o espírito e eleva a alma.
Obras há, que melhor é não as ler, porque prejudicam a alma, ainda que apresentem saborosa prosa e esplêndido estilo.
Cabe a cada um, escolher ou aconselhar-se, com intelectuais competentes, de boa formação moral, para buscar os livros na floresta dos escaparates do livreiro. 
Termino, desejando boa e proveitosa leitura.

Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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