Utentes da Obra Padre Miguel vêem familiares através de um vidro dois meses depois do início do confinamento

Com a Covid-19 e a implementação das medidas de segurança e isolamento, os idosos que estão nas instituições sentiram de perto a solidão de estar longe da família. 60 dias depois os sorrisos renasceram.

“Saudade” foi a palavra mais usada na visita aos utentes do lar da Obra Padre Miguel em Bragança, este sábado. Dois meses depois de a quarentena ter começado em Portugal, devido à pandemia que está atingir o mundo, as pessoas puderam voltar a ver os familiares, mas através de um vidro. Entre lágrimas e sorrisos, a alegria era notória.

“Foi emocionante, já estávamos há dois meses sem o ver. Foi emocionante para ele e para nós”, disse Lurdes Quina, que foi visitar o seu pai ao lar.

A instituição organizou as visitas de forma programada e estima-se que tenham passado por ali cerca de 70 pessoas. Segundo Manuel Pereira, presidente da Obra Padre Miguel, os idosos ficaram mais debilitados por não verem os familiares. Por esse motivo, foi organizada esta visita, onde foram cumpridas todas as normas de segurança.

“Estamos satisfeitos com esta iniciativa que foi seguríssima, que não havia hipótese nenhuma de contacto. Foi um contacto visual através de um vidro e que proporcionamos puderam falar e estarem a ver-se cara a cara”.

Manuel Pereira adiantou ainda que se a Direcção Geral de Saúde não permitir brevemente as visitas presenciais, ainda que espaçadas e programadas, continuarão com este método. A Obra Social Padre Miguel acolhe cerca de 110 utentes.

Escrito por Brigantia

Jornalista: Ângela Pais