As regras passam essencialmente pela prática das medidas de higiene impostas pela Direção Geral da Saúde, limite de lotação de 50% da capacidade do espaço e proibição de entrada de público a partir das 23h.
Paulo Carvalho, proprietário de um café em Macedo de Cavaleiros, considera que este horário não faz qualquer sentido:
“Este horário não é conveniente para as casas, é até desagradável para quem está dentro ter de sair a essa hora. Gostava de saber se o vírus só andará a partir das 11h da noite. Está a ser prejudicial para nós, porque há casas que trabalham a partir dessa hora, especialmente aos fins de semana. Isto condiciona-nos, porque depois não pode entrar mais nenhum cliente. Uma pessoa que vá jantar fora e já se despacha tarde, depois quer desfrutar da noite e não o pode fazer, porque está tudo fechado.”
E os prejuízos são cada vez mais notórios:
“É inquestionável o prejuízo. As pessoas chegam e tomam café, depois pedem uma água, por exemplo, e quando chega a hora de beber uma bebida branca, que é o que acaba por trazer mais rendimento, têm de ir embora.
As despesas continuam e o nível de faturação desce.”
Da mesma opinião não partilha Alberto Gonçalves, do ramo da restauração, que refere que esta medida não lhe tem trazido transtornos:
“O nosso serviço é apenas de jantar, não trabalhamos com bar e por isso este horário não nos faz grande diferença. Na minha opinião, está correto. O que eu entendo é que podemos servir até às 23h, o que não quer dizer que se encerre a essa hora certa.
A nível de prejuízo, na minha opinião, este é um horário que, na restauração, não trará grande transtorno.”
Apesar de um quase total regresso à normalidade, o dono deste restaurante típico da cidade macedense, admite que ainda há algum receio em almoçar ou jantar fora:
“Na outra semana sentimos um acréscimo de clientes, provavelmente devido aos feriados. Nota-se que ainda há muita retração. A comparar com o que nós costumávamos fazer está muito aquém.”
O uso de máscaras de proteção comunitária é obrigatório na entrada e saída destes estabelecimentos, sendo permitido retirá-la para consumo de comida e bebidas.
Restaurantes e cafés abriram portas na segunda quinzena de maio mas com algumas limitações que estão a criar opiniões distintas entre os empresários do ramo.
Escrito por ONDA LIVRE
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