Este fim de semana, a aldeia de Montesinho, que dá nome ao Parque Natural, no concelho de Bragança, faz-se palco para receber três concertos de música clássica. Os músicos, de várias partes do mundo, juntaram-se numa residência artística, na típica aldeia transmontana e brindam os habitantes e turistas, que por ali passam nesta época do ano, com momentos únicos de música erudita.
Matilde Loureiro, violinista, vive ali, na aldeia de Montesinho com o pianista neozelandês, Jun Bouterey-Ishido, vai para um ano e, pelo segundo consecutivo convidaram amigos, músicos de todo o mundo para um concerto de música clássica. "De Paris, do Porto, de Inglaterra, da Nova Zelândia e de Lisboa" ( Yuuki Bouterey-Ishido, Horácio Ferreira, Crhistophe Roy, Noemi Schindler e Paul Wakabayashi).
A violinista acrescenta que prepararam para os espetáculos músicas de "Schubert, Schumann, Ravel e Stravinsky. "Estivemos aqui uma semana a preparar estes concertos e, este ano, também temos uma atriz de teatro de Lisboa que nos vai acompanhar com poesia e teatro".
E foi o que fez Catarina Salgueiro. Declamou poemas de Gaspar da Noite de Aloysius Bertrand e de A História do Soldado de Charles de Ferdinand Ramuz. " Eu nem conhecia a aldeia e foi uma grande descoberta, uma bela surpresa", realça a atriz.
O jardim da casa de turismo "Lagosta Perdida" foi o palco rústico e intimista para uma plateia, com máscara e dispersa no espaço e na origem. José Carlos veio de Braga. Está a passar o fim de semana. " É uma boa oportunidade para se dar a conhecer um local com este e um evento como este ajuda bastante".
Ana Figueira é de Madrid. Está ali de férias. " Isto junta as duas coisas de que mais gosto, estar ao ar livre e escutar música, adoro". Ana Loureiro é de Lisboa e considera a união daquele espaço com aquela música como "edílico e fantástico". Ao lado, Sílvia Nobre de Bragança salienta que gostou do ambiente e que " se ouve bem música num ambiente como este, a ver as estrelas e a apanhar com esta brisa de final de verão".
A mesma brisa que abriu as portas ao Teatro Municipal de Bragança. Depois de seis meses sem atividades, inicia a época no exterior, ali em Montesinho, e o concerto serve como uma espécie de convite para o interior do edifício e de cada um, assinala o novo diretor João Cristiano Cunha. "Abrimos a temporada fora de portas porque acho que é necessário este regresso à cultura, a cultura é muito importante para a nossa vida, ainda mais nesta fase para o nosso equilíbrio emocional e para o nosso bem-estar geral."
Depois do concerto noturno no espaço exterior da casa de turismo "Lagosta Perdida", a música clássica vai ser escutada em mais dois concertos, um na Igreja e outro no centro da aldeia de Montesinho.
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