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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

A ÁRVORE DE NATAL DE APENAS UMA BOLA

Por: Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS
São Paulo (Brasil)
(colaborador do Memórias...e outras coisas)

Lembro Natais, nos tempos de eu menino e caipira. Eu vivia numa fazenda de café.

Um amiguinho, extasiado; contou-me de que na casa dele tinha uma árvore de Natal!
Como em minha casa tínhamos apenas um simples presépio; pareceu-me que o mesmo era modesto em demasia, comparado fosse com à árvore de Natal do meu amiguinho, o Ném!
Ele então me convidou para ir conhecer aquela maravilha! Encantado, acompanhei-o. A casa dele ficava na colônia da fazenda, onde morávamos.
 Em lá chegando, fui conhecer a árvore de Natal do Ném! Na árvore de Natal da casa dele, feita de galho de cipreste, ornamentada por algumas fitas de cabelo coloridas, brilhava uma única bola (foi o que pai dele pode comprar). Era vermelha, e linda! O leitor nem pode imaginar a magia que aquela árvore de Natal, com uma única bola nos envolveu, a ambos! Meus olhos, e os do meu amiguinho, brilhavam de radiante alegria.
Nós éramos ainda muito novos para entender. O espírito de Natal fez-se presente no exato instante em que vi a árvore.
Depois de alguns instantes, aparece a mãe do Ném, com um sorriso escancarado na boca, apreciando a nossa contemplação!
As mãos da mãe do meu amiguinho segurava uma bandeja com dois pedaços de bolo e dois copos de (com) água com groselha!
Ganhei também nacos do bolo e do refresco; pra mim, um manjar dos deuses!
Nas mãos de meu amigo, uma linda bola de futebol, feita de borracha, uma péla.
Saímos dali e ficamos jogando futebol, com a bola nova, por horas, felizes e esperançosos.
Na minha cabeça de então, era de que o Natal era o dia mais feliz da vida inteira! (Ainda hoje penso assim).
- Ah! Como era lindo o Natal!

Antônio Carlos Affonso dos Santos
– ACAS. É natural de Cravinhos-SP. É Físico, poeta e contista. Tem textos publicados em 8 livros, sendo 4 “solos e entre eles, o Pequeno Dicionário de Caipirês e o livro infantil “A Sementinha” além de quatro outros publicados em antologias junto a outros escritores.

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