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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

O Movimento Cultural Terras de Miranda não desiste

 Após a concretização da venda das 6 barragens por parte da EDP à Engie, esperava-se que o estado Português soube-se defender o interesse do Estado Português, dos cidadãos em geral e dos contribuintes em particular, sobretudo os espoliados de sempre, mas tal não está a acontecer, apesar de alertado.
O Movimento Cultural Terras de Miranda, empreendeu desde início e em devido tempo, uma série de ações tendo em vista que a venda das barragens pagasse os devidos impostos, e que esses revertessem em favor das populações locais.

O Ministro autorizou a venda sem mais e agora vem a Miranda do Douro dia 28, (visita já agendada antes da venda).

O Movimento Cultural Terras de Miranda fez nos chegar uma Carta Aberta” a prepósito da visita do Sr. Ministro que aqui reproduzimos e que vale a pena ler.  

Carta Aberta ao Sr. Ministro do Ambiente e da Ação Climática

No passado dia 17 de dezembro, a EDP vendeu, a um consórcio liderado pela ENGIE, seis barragens, três das quais no Douro Internacional.

 A venda das barragens dependia de autorização prévia do Estado, uma vez que estas dependem da exploração do rio Douro, bem do domínio público.

O Estado, através do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, autorizou a venda, que permitiu à EDP um encaixe financeiro de 2200 milhões de Euros.

Em setembro alertamos, por escrito, o Sr. Ministro para o facto de a EDP poder recorrer a mecanismos agressivos de planeamento fiscal para não pagar os impostos devidos.

O Sr. Ministro autorizou a venda sem acautelar a cobrança dos impostos devidos.

 Sr. Ministro, a sua decisão permitiu à EDP o não pagamento de 110 milhões de euros de Imposto do Selo. A esse valor acrescem os muitos milhões de euros que a EDP não pagará em sede de IRC e de outros impostos sobre as transmissões.

Sr. Ministro, a medida do benefício que a sua decisão conferiu à EDP é a exata medida do prejuízo que causou ao erário público e a todos os contribuintes portugueses por impostos que deviam ter sido cobrados e não foram pagos.

Sr. Ministro, como se sentirão os contribuintes que pagam impostos, as empresas e cidadãos que vivem com enormes dificuldades por efeito da pandemia e que não podem aceder aos apoios financeiros do Estado por não terem os impostos em dia, ao saberem que a EDP obteve um beneficio de muitos milhões de Euros com prejuízo dos contribuintes Portugueses?

Sr. Ministro, os Portugueses sabem há muito que o Estado Português tem dificuldades em impor o interesse público aos grandes poderes instalados, mas esperavam que o Sr. Ministro tivesse a coragem de os enfrentar neste caso.

 Ainda em 2007, o Governo de Portugal, presidido pelo Sr. Eng.º José Sócrates, permitiu a extensão do período de concessão a troco de 700 milhões de Euros, a mesma que agora permite à EDP obter um encaixe financeiro de 2200 milhões de Euros.

Só que, em 2007, a EDP pagou € 700 milhões de Euros ao Estado. E agora nem sequer pagou um cêntimo. Antes, à boleia do Sr. Eng.º José Sócrates.

Agora, pela mão do Governo do Dr. António Costa, o Estado parece estar servil aos interesses da EDP. Sr. Ministro, no próximo dia 28 vem a Miranda com a promessa de dar umas “migalhas”, mais uma vez à custa do Orçamento do Estado.

Apesar do enorme prejuízo causado aos contribuintes portugueses em geral e, em particular, às gentes da Terra de Miranda, será bem-vindo, desde que se redima.

O Sr. Ministro e o Governo Português ainda têm forma de cobrar à EDP os impostos que não foram pagos, apesar de não terem acautelado o Interesse Público quando e como deviam. Basta ordenar à Autoridade Tributária que, ao abrigo da cláusula antiabuso prevista no artigo 38.º da Lei Geral Tributária, proceda à cobrança dos impostos devidos.

Sr. Ministro, não queremos as "migalhas" que se propõe dar à Terra de Miranda, uma vez mais, à custa dos contribuintes Portugueses.

Só queremos que o Estado não deixe de cobrar os mais de 110 milhões de euros que são, por direito, de todos os Portugueses.

Terra de Miranda, 21 de dezembro de 2020
Mobimiento Cultura l de la Tierra de Miranda / Movimento Cultural da Terra de Miranda

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